Se
você tem o hábito de acordar cedo, ligar seu radinho de pilha ou a televisão,
para ouvir os noticiários, com certeza, está procurando o caminho mais curto
para a depressão, se ainda não foi acometido pelo mal do século.
Nunca
em minha já longa vida, ouvi, assisti ou li tantas notícias negativas
globalizadas, como se em nosso planeta nada de bom acontecesse.
Quando
aqui amanhece, por diferença de fuso horário, ficamos sabendo que as bolsas
asiáticas, puxadas pela crise na China, estão em queda livre, arrastando a
Coréia do Sul, Japão e Austrália, e desestabilizando todo o mercado financeiro
mundial.
As
notícias domésticas são as costumeiras: as piores possíveis.
Nossa
“mulher sapiens”, em ato de extrema humildade, confessou que demorou a
acreditar na crise financeira que nos consome e, só tardiamente, começou a
“pensar” nas providências a serem tomadas.
Uma
das medidas “extremas” já vazou para o domínio público - menos dez ministérios
e menos mil cargos comissionados!
Em
estranha viagem aos Estados Unidos da América do Norte, o ainda “prestigiado”
Ministro da Fazenda, cuja proposta era de trabalhar com vinte ministérios,
comentou com jornalistas que essas medidas presidenciais, ainda em estudos e
sem data para implantá-las, produzirão um grande impacto positivo em nossa
economia, fazendo-a recuperar-se o mais rápido possível.
Fora
as novidades das nossas finanças, o resto é filme de ficção com reprodução na
maioria dos Estados e municípios.
Um
senador, ex-presidente da República, que renunciou ao seu mandato outorgado
pelo voto livre do nosso povo, ocupou a tribuna do Senado Federal e “elogiou” o
Procurador Geral da República, que o denunciou por praticar atos não
republicanos, de fascista.
O
vice-presidente da República, e presidente do maior partido político do Brasil,
se afastou por “livre e espontânea vontade” da coordenação política do governo,
superprestigiado por todos.
Violência,
desemprego, corrupção metastática e delações premiadas com prisões, compõe a
moldura do nosso dia-a-dia.
Se
você insistir em se manter bem informado sobre o que se passa por aqui, procure
logo marcar uma consulta psiquiátrica para daqui a alguns meses ser atendido já
na fase aguda da doença.
O
resto são promessas, reuniões, falações, festas sem fim e sem motivo.
Gabriel
Novis Neves
24-09-2015
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