No
trajeto até o meu trabalho fiquei observando as dificuldades dos idosos em sua
locomoção pelas calçadas da nossa cidade.
A
cidade tem de ser o nicho onde as pessoas se sentem bem, podendo, com
facilidade e segurança, se locomoverem para pequenos compromissos ou lazer.
Aliás,
em minha última viagem à Santiago do Chile, fiquei encantado com o perfeito
estado, não só das estradas, mas, principalmente, com o das ruas e suas
calçadas, até mesmo as mais afastadas do centro. Isso demonstra bem o respeito
de um país pela sua população.
Na
verdade, vivemos um verdadeiro terror ao ter de exercer o ofício de
equilibristas para vencer os buracos e irregularidades das nossas
calçadas.
Leis
existem em abundância protegendo o pedestre, mas, infelizmente, aqui na
terrinha, elas não funcionam.
Irá
chegar o dia em que o idoso pagará multa por sair de casa e causar um acidente,
complicando mais a nossa precária saúde pública.
O
idoso, preocupado com as informações que abundam nas mídias sobre as vantagens
do exercício físico, sai muito mais nos dias de hoje do que há alguns anos.
Dessa
forma, pessoas entre os sessenta e oitenta anos, marca essa passada por muitos,
para desespero dos planejadores sociais no tocante aos encargos que eles
representam para os governos, costumam circular muito pelas ruas e calçadas -
ainda que para idas a bancos e a supermercados.
É
pertinente lembrar que o processo de envelhecimento dos humanos inicia-se aos
cinquenta anos e só é detido pela conclusão do ciclo vital. O processo é
inexorável! Faz parte da biologia.
Os
sinais exteriores como rugas, papada, bolsas nos olhos, abdome flácido, são
facilmente corrigidos por bisturi de cirurgião plástico competente.
Muito
mais difícil do que isso é manter uma cabeça jovem e aquele brilho nos olhos,
que nenhuma plástica consegue trazer.
Entretanto,
os sinais ou “estragos” internos vão se acumulando e, mais tarde, exteriorizado
através de sinais e sintomas das doenças.
É
justo que essa classe “privilegiada” dos idosos seja alvo de uma maior
compreensão humana por parte do poder público, facilitando, pelo menos, a sua
necessidade de ir e vir.
Andar
é um hábito saudável e necessário para prevenir e combater as doenças da idade
avançada, tais como a hipertensão arterial, diabetes, obesidade, depressão
entre outras.
Que
tal ajudar os nossos idosos a saírem de casa, caminhando pelas calçadas?
Isso
é o mínimo que seus impostos escorchantes tirados de suas aviltantes
aposentadorias deveriam trazer de retorno!
Gabriel
Novis Neves
18-09-2015
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