Um
dos últimos artigos que publiquei foi “Mesmas noticias” - referência à
repetição cansativa de assuntos bombásticos
e escabrosos que assolam nossa nação.
A
crise política, financeira, econômica e ética atingiu de tal maneira o nosso
país, que tem ocupado todo o espaço do noticiário, não permitindo a mudança de
foco.
Aqui,
na terrinha dos bandeirantes de Sorocaba, como em toda a nação, a fuga do foco
da corrupção é para notícias sobre a dança dos políticos mudando de siglas
partidárias, criação de novos partidos, abertura de janelas constitucionais
para migração em massa daqueles presos pela ainda válida Lei da Fidelidade
Partidária, tudo visando, apenas, as próximas eleições.
O
ex-presidente uruguaio, o tupamaro Mujica, que tanto admiro pela sua
autenticidade, disse recentemente que partidos não podem funcionar como
agências de emprego.
Num
país em crise geral, tanto fez como tanto faz esse troca-troca. Sem recursos,
os projetos não saem do papel e as mídias governamentais tentam criar fatos
novos para esquecer os dois assuntos que tanto nos preocupa – a crise política
(a mais grave) e a financeira.
Enquanto
isso, as operações da Polícia Federal aumentam, cresce o número de
sindicâncias, aberturas de comissões de inquérito, demissões e readmissões de
novos servidores contratados sem concurso em função comissionada, e outras
coisitas mais acontecendo em todo o território da nação do ajuste fiscal.
Isso
sem contar os inúmeros protocolos de intenção assinados e instalação de
centenas de grupos de trabalho.
O
governo federal promete repassar recursos para os Estados. Mas a falta de caixa
não permite.
O
Estado repete o gesto com os municípios e os serviços essenciais continuam
péssimos, não fazendo jus aos extorsivos impostos que pagamos religiosamente.
A
criminalidade nos assusta e a cidade esquece as periferias que estão em luta
contra a turma do asfalto.
Ouço
falar em aumento do contingente militar da repressão - uma necessidade - e nada
em relação ao aumento dos médicos e professores.
Estamos
vivendo aqui como que por castigo, sempre pensando na possibilidade de uma
escapadinha para o exterior.
A
que ponto chegou um país com um território continental e imensas reservas e
recursos naturais!
O
egoísmo parece fazer com que as pessoas se esqueçam de que “estamos todos no
mesmo barco”.
Aqui,
cada um cuida de si, e Deus por todos...
Isso
é egoísmo, manifestação única de uma desvairada sede de poder.
Gabriel
Novis Neves
21-09-2015
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