segunda-feira, 15 de maio de 2023

ALMOÇO DO DIA DAS MÃES


Comemoro atualmente o Dia das Mães, no sábado anterior ao domingo das mães, no almoço da família, que trocou de dia por motivos trabalhistas.


Há muito tempo não existe mais a antiga empregada, hoje funcionária, que morava na casa da patroa.


Este ano meus três filhos e família chegaram bem atrasados com motivos justificáveis.


Minha filha e marido chegaram do exterior depois do meio dia, para passar o Dia das Mães com a família.


Viajaram à noite toda para não faltarem à homenagem e conseguiram.


Minhas bisnetas Marias foram coroar Nossa Senhora de Fátima, na missa que se inicia ao meio dia.


Seus pais, primos, padrinhos compareceram ao ato religioso.


A Capela da Coroação é administrada pela minha nora Patrícia, mulher do meu filho Ricardo.


Deu tudo certo e o almoço teve o seu início quase às catorze horas, fora do meu horário habitual de almoçar.


Por sorte minha estou com disposição para escrever e enquanto espero, lembro de um ditado popular muito repetido pela minha mãe Irene, nessas ocasiões:


“Enquanto espera, carrega pedras. “


Carreguei muitas pedras em minha vida, esperando por horas o bebê nascer na minha função de parteiro, que realizava partos normais.


Geralmente o orifício externo do colo do útero demora um centímetro por hora para dilatar.


O feto de parto normal nasce com o colo uterino dilatado para dez centímetros, tudo correndo maravilhosamente bem.


Fica fácil fazer as contas para saber quanto tempo o médico esperava na maternidade para o feto nascer.


Enquanto esperava, “carregava pedras”, estudando, conversando com a parturiente, ou contando piadas, sendo o parteiro um colecionador de piadas apropriadas para essas horas.


Também carreguei muitas pedras nas antessalas de atendimentos ministeriais em Brasília, nos longos anos que exerci cargos públicos relevantes na administração pública do meu Estado.


Estou quase terminando esta crônica, produto de “carregar pedras” para o almoço atrasado, para comemorar o Dia das Mães de todos nós.


Daqui há pouco com a chegada dos meus bisnetos, este apartamento silencioso de todos os dias com um morador só, irá transbordar de alegrias, vibrando com o barulho.


Todos falarão em voz alta ao mesmo tempo, gritando, sorrindo e chorando.


Os adultos acompanham os pequerruchos, falando alto e ao mesmo tempo.


Meu filho caçula Fernando foi o primeiro a chegar, e vou terminar esta crônica sobre o almoço do Dia das Mães, em minha casa.


Gabriel Novis Neves

13-05-2023




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