segunda-feira, 13 de março de 2023

ESPORTE, MÚSICA E LITERATURA


Durante a minha infância, juventude, maturidade até há alguns anos atrás, o esporte, em especial o futebol, era minha distração principal.


Quem está nessa fase é o meu único neto de vinte e dois anos, que está cursando o último ano da Faculdade de Direito da Universidade do Mackenzie, em São Paulo.


Acompanha os mais variados campeonatos em que os clubes brasileiros estão envolvidos, e são muitos.


Os clubes europeus importam nossos jogadores muitos jovens, e alguns da Ásia, ídolos mundiais em final de carreira.


Para me atualizar e entender o mundo do futebol atual converso com o meu neto.


Já fui apaixonado por este esporte chamado das multidões, que foi o nosso futebol.


Depois que os nossos dirigentes passaram a vender para clubes europeus e de países ricos nossos meninos promissores, comecei a me afastar dos campos de futebol e da frente da TV.


Esses meninos tornaram-se ídolos nacionais, ficaram ricos e famosos no mundo todo.


As últimas seleções brasileiras são formadas por atletas pertencentes à clubes estrangeiros, e o Brasil deixou de ganhar a “Copa do Mundo” há vinte anos!


Quando esses meninos envelhecem para o futebol europeu, são vendidos a peso de ouro e salários astronômicos a meia dúzia de clubes do eixo Rio-SãoPaulo-Belo Horizonte e Porto Alegre.


Exemplo é o time envelhecido dos meninos que retornaram ao Flamengo, que este ano em três meses, perdeu os quatro títulos que disputou.


Fiz um grande passeio pela história da nossa música popular brasileira.


Ouvi muita música, conheci seus primeiros compositores, cantores e cantoras.


Os teatros de revistas da Praça Tiradentes, o cassino da Urca, teatros de Bolso, a Cinelândia, as boates de Copacabana.


A história da Rádio Nacional, a pioneira TV Tupy.


Os diversos movimentos musicais, eclodindo com o aparecimento da bossa nova, com o jeito de cantar baixinho, sussurrando.


Caímos na mediocridade da música sertaneja e suas variantes de sertanejo, funk, pancadão, bobagens.


Hoje o “sucesso” imposto ao ouvinte não tem versos de poetas, e são cantadas por pessoas bizarras, que não tem voz e público definido.


Restou-me, em plena tarde de um sábado, “escrevinhar” sobre nosso futebol e música, terminando com esta crônica que acho ser literatura, e que me faz distrair.


Gabriel Novis Neves

11-03-2023







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