quinta-feira, 6 de outubro de 2022

TOMAR DECISÃO


É sempre oneroso emocionalmente tomar uma decisão, causa que nos processos púbicos tudo é transformado em muitas páginas, até o chefe decidir.


São os célebres despachos do ao... ao... ao... que acaba com a paciência de quem solicitou o pedido, passando por todos os “canais competentes”, envolvendo inúmeros burocratas dos órgãos públicos.


Muitos morrem esperando essas decisões que nunca acabam, quando o preponente é um simples servidor, como um professor universitário com todos os títulos possíveis a um acadêmico.


Com um grupo de colegas professores da UFMT estamos há 30 anos lutando por um direito adquirido que nos foi usurpado dos holerites.


Nosso processo já passou com aprovação por todos os “canais competentes”, mas há recursos.


Nessa espera muitos nos deixaram.


Diz o nosso advogado se tudo correr bem daqui a 3 anos receberei o que é meu direito, quando estarei com 90 anos.


Se morrer antes, esse valor pertencerá aos meus três filhos, que são meus herdeiros naturais.


“A justiça tarda, mas não falha” diz o adágio popular.


Entretanto, em determinadas ocasiões ela se comporta como um velocista em processos muito mais complexos, e isso o povo não entende.


O Direito é uma arte capaz de fazer correr um processo ou conseguir que o juiz fique sentado por tempo indeterminado em cima dele, como no nosso caso.


Existem caminhos que nos ensinam como fazer com que os processos corram.


Não os citarei, pois está crônica é lida por jovens e estudantes de Direito.


Estou diante de um dilema, que é uma decisão que preciso tomar sobre um assunto pessoal.


Me sinto muito à vontade para publicar as minhas crônicas diárias, apenas no meu blog do Bar-do-Bugre.


Encaminho para amigos no whtsap.


A notícia vazou dessa minha decisão, única e exclusivamente por falta de tempo para ler e responder seus comentários.


Recebi apelos pelo whatsap, telefonemas, inclusive um da Patagônia, onde uma leitora lê as minhas crônicas, apelando para eu ficar como está.


O médico é o único profissional que foi treinado e aprendeu a decidir o que fazer com a barriga aberta do seu cliente, e não deixar para o outro dia.


Está decidido: só publicarei minhas crônicas diárias, que não são vendidas, apenas no meu blog do Bar-do-Bugre, como nesses últimos 13 anos, e em dois blogs de amigos em Cuiabá.


Gabriel Novis Neves

06-10-2022




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