Após o encerramento das eleições majoritárias no Brasil e em nosso Estado, só o Presidente da República atual irá disputar o segundo turno no dia 30 de outubro.
O governador, com 68.5% de votos válidos foi folgadamente reeleito, sendo um dos três governadores mais bem votados do Brasil, nesta eleição de 02-10-2022.
Nas eleições para o senado federal o candidato da mesma chapa do governador, foi reeleito quase com o mesmo percentual de votos.
O senador atual reeleito, enfrentou o candidato de um ex-governador que obteve a terceira colocação, encerrando a carreira de ex-políticos importantes.
Para a Câmara Federal e Assembleia Legislativa, a maioria eleita foi do governador atual.
Os resultados das urnas no Brasil e em nosso Estado marcaram o final de uma dinastia de políticos vencedores e o aparecimento de novas.
Os casos mais emblemáticos aconteceram no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Acre e Amazonas.
Nomes que sempre frequentaram as listas dos eleitos, nessas eleições foram derrotados com votos que não dariam para se elegerem vereadores.
A democracia funciona assim e ninguém consegue o direito adquirido por ter ocupado um cargo eletivo por muitos anos.
É necessária e importante essa oxigenação para ocupantes de cargos públicos, e considero a reeleição um mal maior, inventado recentemente pela vaidade e irresponsabilidade de um professor-presidente.
Nesse período da reeleição já tivemos um Presidente da República reeleito cassado pelo Congresso Nacional.
Os executivos com direito a reeleição, no seu primeiro mandato de governo, de um modo geral, só pensam na próxima eleição.
Fazem todo tipo de acordos não republicanos, visando única e exclusivamente à sua reeleição, atropelando a ética do seu governo.
Muitos são até cassados devido o tamanho das ilegalidades cometidas.
Outro fator que sou contra a reeleição dos executivos, é que muitas vezes governam metade dos seus segundos mandatos passando o cargo ao seu vice.
Este deve estar comprometido a encobrir as falcatruas do governo anterior.
Então se candidatam a um cargo legislativo de senador ou deputado federal, para não perderem as imunidades que conferem esses cargos.
Assim funciona a nossa democracia e pagamos um preço altíssimo para mantê-la.
É aquela velha história: “ruim com ela, pior sem ela”!
Gabriel Novis Neves
08-10-2022
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