domingo, 10 de julho de 2022

OS PITORESCOS XXXIII


Recebi inúmeros recados de leitores pedindo que eu encurtasse os textos de Os Pitorescos, título concedido pelo meu editor Dr.João Cunha, às publicações dos domingos há trinta semanas.


De todos os textos que faço, Pitorescos é o que me dá mais trabalho.


Os outros tenho o título e vou escrevendo com todo o cuidado de não me alongar muito para facilitar a leitura.


Ninguém tem tempo para a leitura de artigo e crônicas que excedam cinquenta linhas, e o meu dominical às vezes passa das cem.


A dificuldade de escrever Pitorescos é que muitas vezes tenho um assunto que logo se esgota, tornando-se a crônica apropriada para publicações diárias.


Também não consigo planejá-las fazendo o rascunho, e tal qual um farol no mar, fico vasculhando a minha memória para encontrar fatos bizarros.


Encontrando-os, como uma vara de pescaria, puxo a linha com o anzol preso no produto da minha imaginação digitando na tela do computador.


Como nosso inconsciente é riquíssimo, o resultado disso tudo, são crônicas longas com várias abordagens, que vão da minha infância na velha Cuiabá da rua de Baixo, até a moderna capital do agronegócio.


Hoje padecemos do excesso de informações que lemos, vemos e ouvimos, que ficam impregnadas no nosso cérebro, assim com as mensagens deletadas no celular ficam arquivadas nas nuvens.


Já escrevi até aqui trinta linhas para poder entrar no assunto desta crônica, que é fazer um resumo de “Pitorescos” para não se tornar uma matéria enfadonha publicada pelo blog do bar-do-bugre aos domingos.


Nos tempos atuais as comunicações por escrito devem ser as mais curtas possíveis, de preferência aquelas de uma frase com ilustração que diz tudo.


Já existem especialistas que conseguem converter assuntos longos na linguagem curtíssima da moda, o tik-tok.


Recebo como respostas a alguns dos meus textos que excedem as suas linhas, que “quando forem convertidos para o tik-tok serão lidas com prazer e comentadas”.


Isso é válido para os livros com mais de oitenta crônicas, filmes e conversas prolongadas.


Até para assistir aos jogos de futebol e desfiles das escolas de samba no sambódromo da Sapucaí, muitos estão preferindo os compactos ou melhores momentos!


Tentarei ser sempre “breve”.


Gabriel Novis Neves

09-06-2022




O LADO OBSCURO DO TIKTOK

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