domingo, 3 de julho de 2022

OS PITORESCOS XXXII


Bem antigamente, o nome que as crianças recebiam dos seus pais ao nascer era geralmente respeitado pelo resto da sua vida. Hoje, em “países desenvolvidos” aqueles que mudaram de sexo e não são chamados pelo seu novo nome, são presos em cadeias por um bom tempo.


Na Cuiabá antiga, as moças casavam na Igreja e iam para as suas casas. A vida continuava no dia seguinte. O casamento sempre era entre pessoas de sexos diferentes. Hoje, é comum entre pessoas do mesmo sexo, e há até quem afirme que homem e mulher é a mesma coisa, sendo pessoas iguais. Vão passar longe da casa onde se casa, a “lua de mel. ”


Bem antigamente, em logradouros públicos existiam banheiros separados para mulheres e para homens. Os homens esvaziavam as suas bexigas de pé e as mulheres sentadas nos vasos sanitários. Hoje, existem “países desenvolvidos” em que os homens executam esse ato fisiólogo sentados nos vasos sanitários. Os banheiros foram unificados e só existem vasos sanitários para mulheres e homens.


Na Cuiabá antiga, era comum se casar por procuração. Hoje, muitos se conheciam, namoravam e casavam pelo facebook.


Bem antigamente, para se extrair um dente o dinheiro saia do bolso do cliente. Hoje, o governo de “países civilizados” paga as caríssimas cirurgias de mudanças de sexos, e não extração de dentes.


Na Cuiabá antiga, nem todos os donos de farmácias tinham o curso universitário.

Hoje, as farmácias são redes nacionais e os farmacêuticos com formação universitária são contratados para serem balconistas e conferirem as “receitas carbonadas” para antibióticos e ansiolíticos. A “receita azul” serve para os hipnóticos e psicotrópicos. Muitas profissões eram realizadas por práticos. Hoje, pelo pessoal formado na Bolívia.


Bem antigamente, no recreio das aulas escolares os meninos jogavam futebol. Hoje, em “países civilizados” é proibido, a não ser que tenham meninas no time.


Na Cuiabá antiga, era muito difícil uma mulher se eleger como deputada. Hoje, uma “atriz de vídeos adultos” só não se elegerá se desistir da sua candidatura.


Bem antigamente, time de futebol de Cuiabá jamais quebraria a invencibilidade de um Timão, líder do Campeonato Brasileiro. Hoje, vence com tranquilidade o time milionário de São Paulo, e a disputa dos treinadores portugueses.


Na Cuiabá antiga, existia migrantes portugueses que eram comerciantes na rua 13 de Junho. Hoje, tem técnico de futebol português


Bem antigamente, os times de futebol de Cuiabá só jogavam com times das cidades de Mato Grosso, ainda não dividido. Raramente com times de fora do Estado. Hoje, jogam campeonatos contra os melhores times do Brasil e do exterior.


Na Cuiabá antiga, o futebol praticado aqui era amador. Hoje, temos até estádio de futebol, que foi sede jogos da Copa do Mundo.


Bem antigamente, os estádios de futebol eram chamados de campos de futebol. Hoje, de Arena, sendo que a nossa foi construída no cerrado e tem o nome de pantanal, marca exportação.


Na Cuiabá antiga, tínhamos um estádio de futebol Governador José Frageli, carinhosamente chamado pelos cuiabanos de verdinho, em homenagem a sua Cidade Verde, Cuiabá. Hoje, totalmente reformado tem o nome de Arena Pantanal.


Bem antigamente, quem muito escrevia era chamado de intelectual, pessoa bem preparada. Hoje, quem imprimi um livro é logo chamado de escritor, convidado para ingressar na Academia de Letras.


Na Cuiabá antiga, não existia Academia de Cultura. No Rio de Janeiro, há pouco foi fundada a 1ª Academia da Cultura, sendo seu presidente Carlos Alberto Serpa de Oliveira e entre os seus membros, Zeca Pagodinho.


Bem antigamente, pertenciam à Academia de Letras autores dos nossos livros escolares. Hoje, até atriz decadente de televisão tem Cadeira lá.


Na Cuiabá antiga, música não era profissão para os “filhos de família”. Com a inevitável criação da nossa Academia da Cultura, teremos como patronos, Zulmira Canavarros, Dunga Rodrigues, Tote Garcia, Odare Vaz Curvo, Nilson Constantino, Hermínio Pastel, Penha, China, Albertino, Bolinha, Neurozito, Jacildo, Juarez Silva, Bráulio, Arnaldo Leite entre outras personalidades.


Bem antigamente, só existia o frio no inverno. Hoje, em pleno outono temos temperaturas baixas em quase todo o Brasil.


Na Cuiabá antiga, só existia uma estação no ano que era o verão. Hoje, sofremos com o outono friorento.


Bem antigamente, não existia o vírus do Covid 19. Hoje, ele ataca o mundo todo.


Na Cuiabá antiga, tínhamos pavor das doenças infectocontagiosas, viroses e malária. A tuberculose era tratada na altitude da Chapada dos Guimarães. As outras com chás de plantas e raízes medicamentosas. Hoje, tem remédio e vacinas para tudo, menos para o Covid.


Bem antigamente, os cientistas estrangeiros e brasileiros, descobriram vacinas para as mortes que aconteciam nas pandemias. Hoje, já existem vacinas contra o Covid que continua matando.


Na Cuiabá antiga, quem era vacinado não contraia a doença. Hoje, em um ano recebemos quatro doses da vacina do Covid, e continuamos vulneráveis ao vírus que veio de longe.


Bem antigamente, uma dose anual da vacina contra determinados vírus, como da gripe era suficiente para ficarmos protegidos. Hoje, tomamos uma dose de quatro em quatro meses, e não ficamos imunes a doença.


Na Cuiabá antiga, quando existiam tragédias como nas pandemias, sempre era lembrado a Arca de Noé, onde todos estavam num mesmo barco da salvação. Hoje, a nossa salvação é ficar em casa, para não se contaminar pelo Covid 19 e suas variantes, para as quais não tem vacinas.


Gabriel Novis Neves

08-06-2022




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