quinta-feira, 14 de agosto de 2014

RENOVAÇÃO

Recente pesquisa nacional demonstrou que o povo brasileiro espera, com impaciência, por renovação de pessoas e métodos de administrar a coisa pública nas próximas eleições de outubro.
É um desejo nacional. Entretanto, com o encerramento das convenções partidárias o que vemos é que os partidos políticos, que não representam o sentimento popular, optaram pelo conservadorismo.
As coligações apresentadas estão envelhecidas, com alguns sinais de botox.
Isso nos indica que está tudo combinado e não teremos a tão sonhada e necessária mudança de pessoas e jeito de administrar esta rica e atrasada nação.
Imagens falam por uma enciclopédia e são elas que nos dão essa certeza amarga.
O fenômeno da antirrenovação iniciou-se em Brasília com uma dupla esgotada, necessitando de peças novas, contaminando todo o sistema federativo.
A esperança de dias melhores foi derrotada pela velha política dos coronéis.
Essa é a foto do Brasil, cujas convenções transmitem tristeza, e não, entusiasmo.
Interesses econômicos ditam as normas das composições partidárias impedindo o fato novo tão esperado.
Temos até candidatos majoritários com bons currículos, mas, amarrados por compromissos  desse esdrúxulo modelo eleitoral. Analisamos as diversas coligações nacionais  e não nos entusiasmamos com o que vimos.
A política partidária tornou-se uma excelente profissão, com regras severas, lembrando organizações que atuam fora da lei.
Compram-se e vendem-se vagas nas chapas majoritárias, e o tal candidato da renovação só tem a língua para falar o que quiser.
Suas ações estão totalmente bloqueadas.
Para serem candidatos ao governo do Estado os ditos renovadores  receberam de presente partidário verdadeiras trancas.
É constrangedor assistir pela televisão aquele conglomerado de pessoas de princípios e interesses tão desiguais num mesmo palanque.
Enquanto não houver uma reforma do nosso processo eleitoral o quadro é esse que nos é apresentado para engolir goela abaixo.
A representação política está nas mãos dos homens de dinheiro.
Nenhum educador foi convocado para alavancar essa falada renovação. O prognóstico quanto ao nosso futuro político é sombrio.
Quantas décadas ainda teremos de esperar para melhorar esse cenário e colocar o nosso país no caminho da modernidade e desenvolvimento?
Infelizmente, ainda não será desta vez.

Gabriel Novis Neves
28-07-2014

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