Mal
terminaram as Convenções partidárias e os xingamentos apareceram,
principalmente, entre os candidatos majoritários.
Sem
programa de governo e recebendo um Estado falido e sem credibilidade, a única
arma de conquista do poder parece ser o insulto.
Por
enquanto, ainda no vestiário, já ouvimos “lava a boca”, “professor de Deus”,
“vem quente que estou fervendo”, “acabou com a saúde de Cuiabá”, “há doze anos
desmobilizou a Secretaria de Educação do Estado”, “nunca ocupei cargo público,
mas também nunca roubei”, “não quero baixarias”, e por aí vai o rosário das
agressões verbais.
Traições,
algumas, já são explícitas em chapas majoritárias. Mudanças de candidatos são
esperadas por não conseguirem a deglutição necessária.
A
população a tudo assiste e anota. Se existisse uma terceira via em gestação,
acharia oportuno que a tropa nacional com seus um mil e seiscentos homens
retornasse com urgência para cá.
O
prognóstico é que teremos uma campanha de baixo nível, sem propostas e com
muitas agressões verbais, podendo levar seus protagonistas às vias de fato.
Os
ânimos já estão exaltados, e nem um frio momentâneo consegue arrefecer.
Fico
imaginando no custo desses insultos. Se as eleições forem para o segundo turno,
as previsões serão feitas pela Secopa sobre essas novas despesas...
O
candidato de Brasília não terá maiores problemas, mas os antagonistas
precisarão abolir seus escrúpulos para continuar a pesada luta.
Se
pensarmos que haverá também eleição para a Câmara Federal e para a Assembleia
Legislativa, a situação se complica mais, com candidatos correndo risco de
perder até a própria vida.
Essa
não era a renovação política que tanto desejávamos. Não queremos apenas novos
discursos feitos por pessoas novas, mas programas de governo diferenciados do
modelo atual.
Democracia
antigamente era festa cívica, agora é quase uma guerra civil.
E
os candidatos, em sua maioria, terão coragem de pedir nossos votos?
Para
começar o período eleitoral fortes emoções estão programadas.
E
haja patrocinadores para a festa da democracia brasileira!
Gabriel
Novis Neves
30-07-2014
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