Quando
entro em um cassino sei que aquelas centenas de máquinas existentes foram
construídas por um gênio com o objetivo de sempre ganhar daqueles que sentem um
prazer inigualável no jogo, ganhando ou perdendo.
Ficamos
conhecendo os ganhadores, pois há uma festa motivadora no ambiente para ninguém
desistir e continuar jogando e perdendo.
Na
loteria esportiva - e seus similares com números e jogos inventados pelo
Governo brasileiro - é comum a acumulação dos prêmios quando ninguém acerta os
números colocados na cartela.
O
próximo prêmio, que corre duas vezes por semana, aumenta seu valor e,
consequentemente, o número de apostadores.
Sai
o vencedor, geralmente de cidades desconhecidas, e nunca são identificados.
No
início do fabuloso projeto do Governo para arrancar mais dinheiro dos
brasileiros, e para dar credibilidade ao jogo, o noticiário “Fantástico” da
Rede Globo procurava o ganhador de grandes prêmios para entrevistá-lo.
Depois
que a população ficou dependente do jogo nunca mais alguém foi identificado.
Citam
o Estado onde o ‘provável’ sortudo fez o jogo, o número de acertadores e só.
Também
ninguém está mais interessado na lisura do jogo.
A
verdade é que criamos um bando de viciados no preenchimento das cartelinhas
duas vezes por semana.
Denúncias
estão dormindo nos arquivos do Congresso Nacional sobre a lisura dos sorteios
desses jogos oficiais.
Suspeitas
existem, até com algumas provas, mas a essa altura a dependência pelo jogo é
maior que o zelo pela ética do produto do Governo.
Quem
não faz a sua ‘fezinha’ no sonho de uma vida futura fácil? E quando esquecem,
torcem para que não haja vencedores.
O
jogo é uma das drogas mais violentas no sentido da dependência física e seu
tratamento é de difícil resolução.
Como
diz a sabedoria popular: a esperança é o último dos sentimentos que deixamos –
morremos com ela.
Todos
nós queremos um dia acertar sozinhos a super Mega Sena, inclusive eu.
Gabriel
Novis Neves
19-08-2014
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