Realmente,
contra o poder do dinheiro não há força que consiga deter os genocídios que as
guerras promovem pelo mundo afora.
Acima
de tudo, e de qualquer outra coisa, existe a indústria bélica que precisa ser
mantida através de conflitos aqui e acolá.
Sendo
a mais poderosa do mundo, disputa com a das drogas a liderança das matanças.
É
uma potência de tal ordem, que até o momento nenhum líder mundial, por mais bem
intencionado que se tivesse mostrado nas campanhas eleitorais, conseguiu romper
qualquer barreira, ainda que apenas tentando a diminuição ou a regulamentação do uso de armamento
pesado ou leve.
O
fato é tão sério que mesmo armas automáticas de uso popular são de difícil
controle.
As
desavenças mundiais, econômicas, sociais ou religiosas, são sempre o aparente
motivo para o seu uso indiscriminado e cruel.
Ninguém
se responsabiliza pelas inúmeras crianças assassinadas nas diversas nações, em
nome do nada. As “tréguas humanitárias” chegam a soar como deboche humilhante
para qualquer ser sensível e pensante.
Que
importam os genocídios para um mundo ditado pelo “Deus Dinheiro”?
Organizações
internacionais e ONGs hipócritas bradam ao vento palavras de repúdio sem
maiores convicções.
Países
sem poder de voto, como o nosso, apenas marcam presença discordando da barbárie.
Protestos
de rua pelo mundo afora são poucos e ineficazes.
Enquanto
isso, mães, quando sobrevivem, choram por seus filhos desordenadamente mortos
no auge de sua vitalidade.
Onde
estarão as vozes dos hipócritas bondosos do mundo inteiro contra tamanho
massacre?
Realmente
o ser humano é totalmente inviável enquanto impregnado pelo seu desmedido
desejo de posse material e mental.
Obnubilado
pelo poder, traz a condição humana, em pleno século XXI, para um de seus mais
desprezíveis momentos.
Quantos
massacres ainda serão necessários para que nos mostremos com a indiferença de
uma ameba?
Pelo
que se vê, ainda vai longe a necessidade de destruição do que temos de mais
precioso, a vida.
Sinto-me
realmente envergonhado de pertencer a uma espécie que consegue transformar uma
natureza paradisíaca, num imenso “mundo de horrores”.
Gabriel
Novis Neves
27-07-2014
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