quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Mundo dos horrores

Realmente, contra o poder do dinheiro não há força que consiga deter os genocídios que as guerras promovem pelo mundo afora.
Acima de tudo, e de qualquer outra coisa, existe a indústria bélica que precisa ser mantida através de conflitos aqui e acolá.
Sendo a mais poderosa do mundo, disputa com a das drogas a liderança das matanças.
É uma potência de tal ordem, que até o momento nenhum líder mundial, por mais bem intencionado que se tivesse mostrado nas campanhas eleitorais, conseguiu romper qualquer barreira, ainda que apenas tentando a diminuição  ou a regulamentação do uso de armamento pesado ou leve.
O fato é tão sério que mesmo armas automáticas de uso popular são de difícil controle.
As desavenças mundiais, econômicas, sociais ou religiosas, são sempre o aparente motivo para o seu uso indiscriminado e cruel.
Ninguém se responsabiliza pelas inúmeras crianças assassinadas nas diversas nações, em nome do nada. As “tréguas humanitárias” chegam a soar como deboche humilhante para qualquer ser sensível e pensante.
Que importam os genocídios para um mundo ditado pelo “Deus Dinheiro”?
Organizações internacionais e ONGs hipócritas bradam ao vento palavras de repúdio sem maiores convicções.
Países sem poder de voto, como o nosso, apenas marcam presença  discordando da barbárie.
Protestos de rua pelo mundo afora são poucos e ineficazes.
Enquanto isso, mães, quando sobrevivem, choram por seus filhos desordenadamente mortos no auge de sua vitalidade.
Onde estarão as vozes dos hipócritas bondosos do mundo inteiro contra tamanho massacre?
Realmente o ser humano é totalmente inviável enquanto impregnado pelo seu desmedido desejo de posse  material e mental.
Obnubilado pelo poder, traz a condição humana, em pleno século XXI, para um de seus mais desprezíveis momentos.
Quantos massacres ainda serão necessários para que nos mostremos com a indiferença de uma ameba?
Pelo que se vê, ainda vai longe a necessidade de destruição do que temos de mais precioso, a vida.
Sinto-me realmente envergonhado de pertencer a uma espécie que consegue transformar uma natureza paradisíaca, num imenso “mundo de horrores”.

Gabriel Novis Neves
27-07-2014

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