quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Desigualdade social


Atualmente as oitenta e cinco pessoas mais ricas do mundo possuem uma renda equivalente a de três milhões e novecentas mil seres comuns do planeta (estatísticas recentes).
Com certeza algo anda muito errado aqui pela Terra.
Richard Wilkinson, epidemiologista social britânico, estudou esse fenômeno há alguns anos e, em 2009, publicou “The Spirit Level”, livro já traduzido para vários idiomas.
Ele aborda as inúmeras doenças que vêm aumentando, em número de casos, proporcionalmente a essa desigualdade social.
Seriam elas: abuso de drogas, alcoolismo, doenças mentais e, principalmente, o excesso de agressividade reinante nos dias atuais.
Isso sem falar na enorme gama das doenças psicossomáticas, frutos dos nossos gritos internos de uma angústia constante.
Basta um olhar mais atento e veremos que tem aumentado vertiginosamente no mundo os casos de patologias cancerígenas e de doenças autoimunes, apesar da alta tecnologia vigente e dos medicamentos de última geração.
Algumas dessas drogas são responsáveis pelas doenças medicamentosas em consequência de seus efeitos colaterais maléficos e que, infelizmente, ainda merecem pouca atenção.
Entre 1930 e 1980 as desigualdades sociais eram bem menores. Por exemplo: um executivo de alto escalão ganhava trinta vezes mais que um funcionário comum de uma empresa.  Atualmente essa diferença passou  para até trezentas vezes mais.
Os sindicatos eram fortes e as políticas trabalhistas estavam em ascensão no mundo, inclusive no Brasil.
A partir de 1980, com as políticas neoliberais incentivadas por Reagan nos Estados Unidos e Thatcher na Grã- Bretanha passou a ocorrer um desinteresse pelo aumento dessas desigualdades sociais na maior parte do mundo.
Apenas alguns países da Europa como, por exemplo, os que formam a Escandinávia, conseguiram neutralizar essas distorções.
É como se a ínfima parte rica do planeta ficasse totalmente alheia à grande maioria à beira da miséria absoluta.
Países comunistas e socialistas sucumbiram a uma burocracia corrupta. A Alemanha Oriental foi um exemplo disso.
Os estudos do Dr. Richard têm confirmado as suas teorias pelo mundo afora.
Pessoas desencantadas pelo desemprego e pela desvalorização do trabalho, quando o conseguem, são presas fáceis para movimentos de massa violentos, cada vez maiores.
Enfim, estamos vivendo momentos para muita reflexão, se é que desejamos para todos um futuro promissor, condizente com o grande avanço tecnológico em todas as áreas.
Ou será que optaremos pelo suicídio coletivo?

Gabriel Novis Neves
20-08-2014

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