A minha vida tem sido assim: sempre vivendo um dia após o outro.
Desse jeito eu vou longe, encostando nos noventa anos e colhendo os frutos que plantei.
A última semana de julho tem ‘toda a pinta’ que as dificuldades dos últimos dias ficaram para trás.
Estou bem adaptado às lentes novas dos meus óculos, e o vírus que me pegou, negativou no exame que fiz hoje.
Vou continuar tocando a vida, um dia após o outro, e me energizando para chegar na casa dos cem.
Estou sempre preparado para enfrentar o dia de amanhã em tudo que faço.
Aprendi que ‘o que a gente aprende não desaprende’.
Isso só acontece se formos vítimas de alguma doença que afete nossas ‘sinapses cerebrais’.
Sempre me preocupei com o dia de amanhã — desde que me entendo por gente.
Por algum tempo na época de estudante, contei com o apoio do meu pai na retaguarda das minhas necessidades.
Do contrário não teria condições de estudar Medicina no Rio de Janeiro.
Tornei-me independente financeiramente da mesada do meu pai no quarto ano do Curso Superior.
Nunca fui miserável, mas sempre pensei no dia de amanhã.
No início da carreira de médico na minha cidade natal, quando precisei de recursos fui ao banco.
Não tinha crédito para fazer empréstimos, mas sim credibilidade, e assim foi a minha vida adulta, subindo degrau por degrau.
Quando tentei pular um degrau me dei mal, e aprendi a nunca mais repetir o gesto.
Depois da cura de uma doença é que a gente dá valor à saúde!
Como é bom acordar sem o nariz entupido, tosse e rouquidão no caso do Covid.
O pior é que o danado desse vírus veio para ficar.
Na fase aguda da pandemia fiquei livre dele.
Tomei todas as vacinas que a saúde pública recomendou, e não fiquei imune aos ataques desse terrível vírus.
Tive a sorte de encontrar o antiviral indicado e nenhum dia de febre.
Não houve necessidade de fazer tomografia dos pulmões.
Estou curado, e a vacina contra o Covid minimizou sintomas e doença.
Temos que aprender a conviver com esse vírus traiçoeiro que nos atinge mesmo em casa.
Gabriel Novis Neves
31-07-2024
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