segunda-feira, 19 de agosto de 2024

OS SUSTOS DIÁRIOS


Quando criança não era acometido pelos ‘sustos diários’ que tenho atualmente.


Tem sido raro o dia da semana que a ‘notícia inevitável’ não chega ao meu conhecimento.


Ontem, foi o falecimento do ‘primeiro assessor de comunicação da UFMT’, único profissional com curso superior de jornalismo no nosso Estado.


Hoje, a irmã da minha cozinheira.


Ambos dez anos mais novos que eu.


A morte, destino de todos nós, continua a ser um mistério para muitos, apesar de ser um ‘mote’ para os humoristas.


Esses artistas passam a vida ganhando dinheiro contando piada sobre os mortos e da morte.


Quando chegam para eles as famílias os escondem, como se isso fosse coisa feia.


A cultuação dos seus amados se faz presente nessas ocasiões de acordo com as suas religiões.


Que profissão bonita fui escolher, de cuidar do próximo!


É quando sentimos a presença de um ‘Ser Superior’, e quando somos pequenos em relação a ‘Ele’.


É o momento propício para meditar sobre a nossa chegada e partida deste mundo.


Nada trazemos, nada levamos.


Precisamos de tão pouco para vivermos bem, não havendo necessidade de acumularmos riquezas!


Partiremos para a eternidade despidos de bens materiais.


Levaremos o modelo de vida exemplar, justa, honesta, de amor ao próximo.


Não deixaremos lágrimas de saudades, já que não nos distanciaremos.


Como católicos aguardaremos o ‘dia da ressurreição’ para o reencontro esperado no ‘Paraiso Celestial’.


O sofrimento da separação inevitável é uma dor egoísta, cuja prova haveremos de passar e vencer.


Os extremos da nossa vida são de lágrimas: de alegria e tristeza.


Assim quis o Criador que fosse a nossa vida, cheia de ‘sustos’ a cada chamado divino.


Gabriel Novis Neves

14-08-2024




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