domingo, 1 de maio de 2022

PITORESCO XXIV


O 1º Presidente da República do Brasil era monárquico. Proclamou a República sem saber.


Estava no sobrado da sua casa no Centro do Rio de Janeiro, próximo a atual Praça da República, no Campo de Santana.


Foi carregado por republicanos e colocado na sela do cavalo, em estado de “grande mal asmático”.


Foi escolhido por ser herói da Guerra do Paraguai para ser nosso 1°Presidente da República Federativa do Brasil.


Depois do Marechal Deodoro da Fonseca “outras coisas” já ocuparam esse posto.


Bem antigamente, Deodoro da Fonseca quando tenente se casou em Cuiabá, com a mulher que não amava. Foi obrigado a casar com a sua cunhada, para salvar a honra da sua namorada, mulher do médico-capitão.


Na Cuiabá antiga, a guarnição do exército brasileiro tinha como sede, uma casa na rua Cândido Mariano ao lado da Igreja da Boa Morte.


Na Cuiabá antiga, morava nesse casarão frei Quirino, Pároco da Igreja da Boa Morte.


Bem antigamente, diziam que Deodoro não teve filhos por castigo Divino. Hoje, é mais lembrado como nome de rua.


Na Cuiabá antiga, o 2º Presidente da República quando tenente do exército também serviu em Cuiabá. Hoje, empresta seu nome a rua Marechal Floriano Peixoto.


Bem antigamente, “coisas” ocuparam a Presidência da República e, nem serviram para batizar nome de rua em Cuiabá.


Na Cuiabá antiga, vinha com meu motorista do Tanque do Baú, passávamos pela porta da casa do Mestre Inácio, dono de banda popular em Cuiabá, cruzávamos a rua do Coxim, e entrávamos na rua do Caixão. Ele não sabia onde eu queria ir. Respondi, para minha casa. Em que bairro? Tanto faz - Popular, Goiabeiras ou Duque de Caxias.


Bem antigamente, sinal de velhice era andar de bengalas. Hoje, quando você conheceu as pessoas que deram nomes a prédios públicos, ruas, avenidas e praças.


Na Cuiabá antiga, pé de pequi era uma árvore carregada desses frutos. Hoje, é quando você descobre um bom negócio para ganhar dinheiro.


Bem antigamente, Praça Popular era o lugar onde o povo se reunia. Hoje, é ponto de encontro de grã-finos.


Na Cuiabá antiga, andava-se de táxi. Hoje, de Uber.


Bem antigamente, comprava-se tecido para fazer vestidos na Casa Rosa. Hoje, na Casa Rosa se compram flores.


Na Cuiabá antiga, compravam-se relógios para casa. Hoje, todos têm no celular.


Bem antigamente, dois irmãos italianos instalaram os primeiros telefones em Cuiabá. Os fios telefônicos eram aéreos e seus aparelhos pretos eram de manivela com um disco numerado em seu centro.


Na Cuiabá antiga, existia uma telefonista central que era quem realmente fazia a ligação. Às vezes informava sobre o destino das pessoas procuradas. Hoje, fazemos ligações pela internet por várias operadoras de forma instantâneas.


Bem antigamente, os aposentados “batiam ponto” nos bancos, quando consultavam diariamente seus saldos bancários. Hoje, aposentados queixam da falta de distração.


Na Cuiabá antiga, domingo era chamado de “pé de cachimbo”. Hoje, de “dia morto”.


Bem antigamente, chegar à meia idade era estar próximo a morte. Hoje, meia idade é alguém realizado economicamente e considerado “bom partido”.


Na Cuiabá antiga, “bom partido” era alguém que pertencia ao “partido” do Presidente da República.


Bem antigamente, as moças que trabalhavam nos serviços de casa tinham como profissão “prendas domésticas”. Hoje, prenda é um presente, que poderá ser de uma doméstica.


Na Cuiabá antiga, mulher de malandro apanhava. Hoje, “certas socialites” procuram apanhar dos seus maridos, para procurarem a Lei Maria da Penha para receberem indenizações.


Bem antigamente, “perder a hora” era perder o horário. Hoje, é de perder a hora de fazer seu pé de meia.


Na Cuiabá antiga, quando alguém falecia dizia-se que a pessoa tinha fechado os olhos. Hoje, fechar os olhos é encobrir malfeitorias.


Bem antigamente, “casa de ferreiro o espeto é de pau”, era um ditado popular que traduzia que os médicos não sabiam tratar da saúde dos seus familiares. Hoje, continuam assim.


Na Cuiabá antiga, quando um não queria dois não brigavam. Hoje, quando um não quer o outro apanha.


Bem antigamente, dizia-se que pancada de amor não doía. Hoje, pode até matar.


Na Cuiabá antiga, trepar ao galho mais alto da mangueira para agarrar a fruta, significava trazer a fruta mais alta da árvore.


A Cuiabá antiga, é bem diferente da Cuiabá de hoje.


Gabriel Novis Neves

17-01-2022




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