Desde
a mais remota antiguidade o coração é tido por muitos como a casa da alma, da
razão, do pensamento e da emoção.
Até
hoje, mesmo com o avanço da medicina, esse conceito permanece.
Sabemos
que é meramente simbólico, sem nenhum fundamento científico, ainda mais sendo o
coração o órgão mais investigado tecnologicamente.
Com
as pesquisas recentes, ficou claro que o cérebro, este sim, passou a ser o
grande receptáculo de todas as emoções, sendo o coração apenas um dos órgãos
mais afetados durante esse processo.
As
demonstrações de afeto, carinho, amor, são sempre direcionadas para a bomba
muscular responsável pela distribuição de sangue para nutrir as células do
corpo humano.
Em
jogos de futebol é comum observarmos jogadores apontando as mãos para o
coração, transmitindo com esse gesto toda a emoção sentida no gol feito.
Erroneamente,
na crença popular, ficará ainda por muitos anos o coração como um centro
maravilhoso de emoções.
Sabemos
que todos esses fenômenos atribuídos ao coração são fabricados por esse órgão
misterioso e tão pouco conhecidos dos cientistas, que é o cérebro.
As
nossas emoções são resultados de bilhões de conexões de neurônios que, com
perfeição, atingem todos os órgãos do nosso organismo, principalmente o
coração.
Devido
ao estímulo recebido do sistema nervoso autônomo, o coração pode ser afetado
pelas emoções, não só nos momentos de felicidade ou atos de amor, porém,
também, em sensações de tristezas ou perigo.
Mesmo
com o cérebro indecifrável e responsável por tudo que nos acomete, é o coração
que continua como o centro das atenções das pessoas e autoridades de saúde de
todo o mundo.
Basta
verificar que todos nós morremos de parada cardíaca, que significa a
interrupção do funcionamento da máquina que irriga o nosso organismo de
oxigênio.
O
motivo é a falência múltipla dos órgãos, todos comandados pelo cérebro, que
morre antes da ausência dos batimentos cardíacos, muitas vezes mantidos por
medicamentos.
A
verdade é que a emoção interfere no coração, e as doenças cardíacas ocupam o
primeiro lugar como a causa de morte no mundo.
O
professor Elias Knob El, do Hospital Albert Einstein, lançou um livro, com
vários colaboradores, tentando explicar a influência das emoções sobre o
coração.
“Coração...
É emoção”
Gabriel
Novis Neves
19-11-2015
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