segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Levitando


A mímica do Ministro da Fazenda brasileiro, após 347 dias em que tentou implantar um ajuste fiscal para a economia brasileira, era de quem estava levitando. 
Sim, Joaquim Levy deixou, finalmente, o governo petista sem conseguir os seus objetivos, porém, cônscio de tudo ter tentado.
Se continuasse no governo teria sucumbido às exigências de uma política econômica expansionista com a qual não concordava.
O remédio que propunha era amargo para uma economia cambaleante. Não teve êxito nas suas propostas e, elegantemente, saiu de cena com a mesma classe com que entrou.
O novo antigo Ministro da Fazenda empossado, já no governo na área do planejamento, adepto da chamada política monetarista, desenvolvimentista, é totalmente afinado com os desejos da Presidência da República que, no fundo, insiste em não delegar maiores poderes aos seus subordinados, principalmente na área econômica.
Segundo os mais influentes economistas internacionais, voltamos a pisar num terreno escorregadio, com poucas ou nulas possibilidades de êxito, ainda que num curto período inicial de tempo haja uma perspectiva de algum alívio para o mercado.
Concluem ainda que a médio e longo prazo correremos o risco de entrar em absoluto caos econômico, tal como os ocorridos na Grécia e na Argentina que adotaram políticas semelhantes.
Resta-nos contar com o espírito patriótico de toda essa nossa classe dirigente e torcer para que esse país, o mais surreal do planeta, consiga sair desse enorme imbróglio em que se meteu no mais rápido espaço de tempo possível.
Sua população, ordeira, apática e submissa, muito em função de seu baixo nível educacional, não merece passar outros Natais como esse, desesperançosa de dias melhores.

Gabriel Novis Neves
21-12-2015

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