É
muito bonito este substantivo feminino, mas, quando empregado em determinadas
construções fraseológicas, o seu sentido moral de vínculo e ajuda mútua,
desaparece.
Leio
em um blog que o Ministro de Aviação Civil, em solidariedade ao vice-presidente
da República, avisou ao seu partido PMDB, da base de sustentação do governo,
que vai deixar o cargo.
Trocando
em miúdos: deixa um dos ministérios mais importantes dos trinta e nove
existentes para apoiar o seu vice.
O
seu desprestígio chegou ao ponto de não ser recebido pelo Ministro Chefe da
Casa Civil, tendo protocolado o seu pedido de demissão.
Em
um momento em que a nação necessita de união para sair da imensa crise política
que se meteu, tal acidente político acontece, agravando ainda mais a nossa
situação.
O
governo fragilizado perde uma peça importante nesse difícil tabuleiro de xadrez
que é a política de interesses pessoais.
Alegou
o demissionário ministro sua solidariedade ao constrangimento sofrido pelo seu
Vice-Presidente da República com a administração do Palácio do Planalto diante
de uma das maiores crises políticas vividas por este país.
É
uma baixa importante para o governo em momento delicado com relação ao futuro
da nossa nação.
Ficou
claro o descontentamento de um dos auxiliares mais próximos da Presidente, e
que servia de ponte com o seu vice.
Como
ficou bem claro nas últimas eleições presidenciais - no embate político vale
tudo para a conquista do poder, menos perder.
As
Instituições deste país estão funcionando plenamente e a imprensa não está
censurada.
Vivemos
em plena democracia, com uma grave crise política repercutindo de uma maneira
avassaladora na nossa economia.
A
indústria está sendo desmantelada. O comércio fechando suas portas
(oficialmente 64.5 mil estabelecimentos comerciais desde outubro de 2014, até o
momento), o desemprego aumentando e nossos salários sendo devorados pela
inflação em curva ascendente.
O
Brasil não preparou lideranças para situações políticas adversas, e a pergunta
que nos incomoda e nos deixa sem resposta é: substituir um governo fragilizado
por quem?
Nossa
gente não confia em nossos políticos. Trocar gestor por trocar, a tendência é
piorar as coisas por ausência de líderes ou grupos com credibilidade.
Temos
de ter paciência para que, sem ruptura do estado de direito, o tempo consiga,
com as medidas aprovadas pelo Congresso, melhorar os nossos dias.
Sem
solidariedade não conseguiremos reconstruir esta nação.
Gabriel
Novis Neves
06-12-2015
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