O
ainda Presidente da Câmara dos Deputados alegou que sua decisão política de
abrir o processo de impeachment contra a Presidente da República foi por motivo
econômico.
Justificou
que a Presidente editou decretos de aumentos de gastos sem autorização do
Congresso.
O
Tribunal de Contas da União (TCU) já tinha apontado essas irregularidades. Esse
foi o argumento que ele considerou para aceitar a abertura do processo,
divulgado amplamente pela mídia.
Interessante
que o anúncio só foi feito quando o Congresso alterava a meta fiscal para 2015.
Todos
dizem e repetem que ninguém neste país está acima das leis. Será isso uma
verdade ou discurso de efeito?
A
grande maioria dos nossos governantes tem o péssimo hábito de não cumpri-las, e
o pior é que fica tudo como está – na mais cômoda impunidade.
A
Lei da Responsabilidade Fiscal, tão festejada como a lei da moralidade, em que
os governos não podem gastar mais que arrecadam, de há muito não é respeitada,
nem pelo executivo federal, estadual ou municipal, penalizando o sofrido
pagador de impostos com novas cargas tributárias e menos serviços à população.
Vejam
a questão do teto do funcionalismo público. A falta de isonomia entre os
salários e benefícios dos servidores do executivo, legislativo e judiciário
produz uma distorção ilegal e desconfortável aos do executivo, sem lei para
protegê-los.
Até
quando este país irá suportar tantos desmandos, incompetências e desordens?
Perdemos
nossa credibilidade internacional e a confiança da nossa gente.
Enquanto
o povo não se manifestar, mesmo sofrendo com tantos deslizes éticos, mesmo com
os Presidentes da Câmara dos Deputados e Senado Federal sendo investigados por
atitudes não republicanas, e outros líderes importantes presos, nada irá mudar
aqui na terrinha do futebol, do carnaval, da cabrocha e da corrupção.
Estamos
numa encruzilhada, e só um consenso nacional poderá nos salvar de uma grande
convulsão social.
Rogamos
lucidez ao povo brasileiro para resolvermos os nossos problemas políticos que
estão dilacerando nossa economia e desenvolvimento.
A
nação não pode continuar paralisada e à venda.
Gabriel
Novis Neves
03-12-2015
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