A
dúvida é o que diferencia os seres mais inteligentes dos menos favorecidos.
Fácil
verificar no dia a dia que pessoas donas da verdade são sempre as menos
interessantes para o convívio.
Desconfio
muito daquelas que chegam dizendo que “sabem o que querem da vida”.
Partindo
do princípio de que inteligência tem como definição “a capacidade de resolver
os problemas práticos e teóricos da vida”, então, quanto mais brilhante o ser
humano, maiores serão as suas dúvidas.
A
vida é tão cheia de nuances e de dinamismo que só os imbecis podem ter
certezas. Tudo muda a cada instante, daí a necessidade de resolver os problemas
de acordo com o seu aparecimento.
As
pessoas são tão mais leves quanto mais adaptadas ao que proferia Charles
Chaplin - “a vida é um assunto local”.
Somos,
inclusive, regidos por fenômenos telúricos. Portanto, qualquer tipo de
onipotência é, sem sombra de dúvidas, ridículo.
A
cautela com o verbo e com a ação é a única forma de conviver com o
imponderável.
Eu,
como um bom emotivo, gostaria em alguns momentos de ser bem mais racional.
Ficaria assim mais distante dos problemas que, com certeza, teriam uma
possibilidade distante de acontecer.
Sofrer
por antecedência é algo que atormenta a humanidade desde os seus primórdios.
Com
o pleno exercício da dúvida minimizamos o arrependimento do feito e do não
feito, este sim, desastroso, física e emocionalmente.
Muitos
de nós carregamos culpas como verdadeiros fardos, chegando a espasmos dolorosos
da musculatura dos trapézios (ombros). A simples observação detecta a postura
encurvada dessas pessoas.
Como
somos frutos da civilização judaico-cristã, onde a culpa é cultivada desde
sempre, não é de se estranhar que pessoas, em sua grande maioria, apresentem os
seus trapézios totalmente contraturados.
Somos
induzidos a viver em cima de certezas que a rigor não correspondem à realidade.
Pena que só muito mais tarde, depois de muitos estragos, podemos transformá-las
em questionáveis dúvidas.
Os
técnicos em massoterapia sabem do que estou falando, e apenas eles conseguem
dissolver os verdadeiros nódulos que se formam por toda a coluna, cervical,
dorsal e lombar, tudo em função das nossas emoções mal metabolizadas.
Vale
constatar que durante crises sociais e econômicas severas como a atual, um dos
únicos setores a prosperar é o farmacêutico.
Somos
todos reféns das nossas emoções e, por mais que tentemos escondê-las, resta
apenas trabalhá-las para que não se transformem em doença.
O
mundo deveria estar bem mais preocupado com ginástica mental, bem mais
importante que a do corpo.
Infelizmente,
ela não movimenta uma indústria que gere altos lucros.
Muito
ao contrário, ao sistema só interessa a alienação geral, essa sim, programada
para impedir o crescimento pessoal.
Segundo
Einstein, “a mente que se expande, nunca mais volta ao seu tamanho natural”.
Para
terminar essas considerações entre certezas e dúvidas... lamentáveis as
certezas proferidas por alguns de nossos pobres representantes políticos!
Seus
discursos se pulverizam logo após serem proferidos, deixando a todos a certeza
de sua falsidade.
Gabriel
Novis Neves
23-11-2015
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