Poucas
vezes na nossa história um ano deixou tão poucas saudades quanto esse de 2015,
que felizmente vai se despedindo, ainda que aos trancos e barrancos.
Aqui
no Brasil fomos vítimas de todos os tipos de achincalhes, de humilhações, de
desrespeito, de cenas inesquecíveis de escárnio e de canalhices de toda ordem
da parte de pessoas por nós eleitas, supostamente para promover a ordem e o bem
estar de todos.
Famílias
inteiras desestruturadas pela alta inflação, pelo desemprego, pela angústia do
não recebimento de seus salários, pela recessão galopante, pela falência
gradativa dos governos estaduais e federal.
Enfim,
clima de pânico total em função dos fatos políticos e econômicos cada vez mais
alarmantes dos noticiários.
A
classe política, de um modo geral, abusou de suas prerrogativas de poder e
encastelou-se, alheia aos clamores de toda uma população cada vez mais
deprimida e angustiada.
Corrupção
escabrosa, conchavos criminosos, conivência explícita com organizações
dirigidas para assaltar o erário público, enfim, tudo que conseguisse aniquilar
com o tão propalado “brasileiro, profissão esperança”.
Sabemos
que o mundo todo passa por momentos difíceis, mas, nem de leve, a não ser nos
países em guerra, vimos semelhantes desmandos vividos aqui na terrinha, outrora
orgulhosa por ser uma das mais promissoras nações em desenvolvimento, tendo em
vista o potencial de riquezas de que é possuidora.
Que
2016, ora raiando, afastem-se de nós a intolerância, a mesquinharia, a vaidade,
a soberba.
Que
a classe dirigente, seja ela de que partido for, se conscientize da necessidade
de um entendimento maior, coletivo, que possa tirar todo esse povo, que vem
sendo esgarçado ao limite máximo de suas perspectivas ordeiras e bem humoradas, da situação afligente em que
se encontra.
Esses
são os meus votos para o novo ano que vai iniciar.
Que
a família brasileira possa readquirir a paz, aliás, modestamente, única das
suas pretensões.
Gabriel
Novis Neves
13-12-2015