Leio
na Gazeta que o lobista-mor “destepaíz” embarcou rumo a Cuba com o ex-Rei da
Soja em um jatinho da empresa do representante de Mato Grosso no Senado
Federal. A desculpa era levar investimentos do agronegócio à Ilha atrasada.
Foram
cinco horas de viagem para ir e outras cinco para voltar, e mais alguns dias
para passear, informa o jornal.
Por
coincidência, deve ter rolado conversa longa e proveitosa para ambos os
amigos. Após essa despretensiosa viagem
de filantropia a uma pobre ilha (que sustenta por mais de meio século uma das
mais sangrentas ditaduras deste Planeta, e que tem como riquezas principais a
doação de dinheiro público de nações “em desenvolvimento” e renda de aluguéis
de médicos às regiões desprovidas desses profissionais), surgiram boatos com
relação a uma possível reviravolta no quadro político mato-grossense.
O
até então candidato dos sonhos do sistema político dominante, mantinha-se
intransigente na decisão de não se candidatar mais a nenhum cargo eletivo.
Dizia até que não tinha mais condições ou motivações para exercer por mais
quatro anos seu mandato de senador, enchendo de expectativa seu suplente
empresário do agronegócio.
Essa
esquisita viagem, cujo assunto tratado em dez horas de voo é desconhecido, fez
muito bem ao ex-Rei que, contente e com a autoestima nas grimpas, fez acreditar
que está disposto, pela terceira vez, a colocar seu nome à disposição do
“livre” povo deste Estado.
Pensando
mais no bem da nossa sofrida gente, o companheiro do lobista parece que ficou
convencido com os argumentos objetivos e pragmáticos do homem que não sabe de
nada.
Bonito
saber que ainda há pessoas que, acima dos interesses pessoais, pensa no
bem-estar da sua gente. Decisão metafórica tomada acima das nuvens deixando
interesses outros para baixo.
Quando
o jatinho particular aterrissou em São Paulo para deixar o surpreendente
companheiro de viagem, sites e pessoas bem informadas iniciaram o trabalho de
xim-xim-xim com relação à mudança no rumo das eleições pós-Copa.
Com
promessa de apoio verticalizado, iniciando na cidade de São Bernardo do Campo
em São Paulo, passando pelo Planalto de Brasília, com seus trinta e nove
ministérios e comando de todos os movimentos sociais com patrocínio cultural
dos Bancos oficiais, estaria formada a mais ampla e consistente frente de
partidos que dará uma fácil vitória no primeiro turno.
Ninguém
neste Estado acreditava nessa possibilidade, mas, “água mole em pedra dura,
tanto bate até que fura”. A viagem de um capitalista em companhia de um
ex-operário a uma ilha comunista, também é capaz de produzir mudanças
comportamentais que até Deus duvida.
Só
resta a dupla combinar com o eleitor.
Gabriel
Novis Neves
25-02-2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.