quarta-feira, 15 de novembro de 2023

ADRENALINA NA VEIA


Nada melhor para acordar de pronto do que ligar o computador. Ainda um tanto sonolento, antes mesmo do cafezinho, não há frustração maior do que confirmar que a internet está fora do ar. Dói-me fundo a alma.


O atendimento se inicia com o robô. E como é demorado contactar com a funcionária, sempre distante do seu cliente!


Botei a boca no trombone, reclamando à atendente da operadora. Disse a ela que esse problema tem se tornado bem recorrente, em curto espaço de tempo.


Em complemento, afirmei que o atendimento recebido está pior que o do SUS.


Acredito seja essa a causa da visita técnica ter sido agendada para hoje, só após as 15h.


Ela me adiantou que o problema talvez tenha sido o modem, que se desconfigurou espontaneamente.


Assegurei que, em visita bem recente, o técnico da operadora constatou que meu equipamento era de fibra ótica, e tudo estava nos conformes.


Essa instabilidade causadora da ‘queda da internet’ atingiu uma grande área do bairro que elegi para morar.


A gerente do banco, que viria me visitar para oferecer produtos bancários, me telefonou: estava sem internet no banco. Ficou sabendo que o mesmo estava ocorrendo em minha residência.


Segundo ela — entendimento partilhado pela enfermeira plantonista —, esta madrugada ventou muito, com leve chuva. Foi o bastante para causar a instabilidade que motivou a falta da internet.


Surpreso com a imediata chegada da visita técnica, a atendente da operadora explicou que os clientes antigos tinham prioridade no atendimento.


Em meio a esse cortejo de dissabores, ao menos ‘um’ nos abriu ensejo a um naco de contentamento. Uau! Cliente-fundador da operadora, estava fazendo jus a essa condição.


Na avaliação, não me coube outra tarefa que não a de lhe atribuir a nota máxima. Ah, se não o fizesse!


No que toca ao ‘sistema’, que me obrigou a chamá-lo por quatro vezes seguidas para ser atendido, só não dei a nota merecida — um rotundo zero — porque, a bom tempo, a excluíram da tabela apropriada.


Terminei de escrever esta ‘crônica-desabafo’ no Word e espero a visita do técnico para ‘configurar’ o modem.


Só depois, cuidarei de enviá-la ao e-mail.


É pura adrenalina ter que ficar em casa sem poder me locomover, por força da idade, nesta cidade em que as altas temperaturas compõem o prato principal.


No entanto, isso mais se agrava quando nos vemos forçados a nos privar de uma companhia que tanto bem nos desfila: a prazerosa e inseparável internet.


Vou saborear meu merecido almoço e, depois, curtir a sesta, sonhando que tudo foi resolvido. 


Sei que serão só sonhos. A realidade — nua e crua — é que o vento e a chuva continuarão a nos pregar outras peças por essas bandas.


Quem sabe haja, no seio da Igreja Católica, um santo que cuide dessas causas! Quem sabe! Em havendo, serei dele devoto fidelíssimo.


Em tempo: nem pensar em pesadelos com a internet na sesta! Até mais ver!


Gabriel Novis Neves

9-11-2023




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