É o nome de uma trepadeira arbustiva de flor amarelinha que aparece praticamente o ano inteiro.
É uma planta que gosta de sol pleno, sendo uma das espécies ideais para jardins e pergolados.
Há um mês o paisagista Henrique que me atende plantou no meu jardim da cobertura, em um vaso de cerâmica, essa espécie, que conheci ainda criança nos quintais das casas de Cuiabá.
Ela chegou medindo um metro e cinquenta centímetros e foi colocada debaixo da pérgola, toda amarrada com fio de pescaria para não dobrar, até alcançar a primeira faixa de concreto.
Com sol, vento, sendo molhada todos os dias, adubada, em breve estará dando flores e se espalhando pelo teto da pérgola, igual à da casa do meu avô Dr. Alberto Novis, na rua Voluntários da Pátria, com a diferença de que a pérgula dele que era de madeira de lei.
A casa do meu avô virou estacionamento de automóveis, e não quero interromper essa tradição de morar com as flores amarelinhas, que me transmitem enorme satisfação.
Na casa dos meus pais na rua do Campo (Barão de Melgaço) tinha uma trepadeira dessa no teto de ripa de madeira coberta de telha de barro, na varanda da casa.
A casa da minha infância foi vendida, demolida e transformada em estacionamento, no nosso Centro Histórico.
Vou ganhar um excelente espaço de lazer em baixo da pérgola toda coberta com as flores permanentes.
Dá até vontade de esquecer que o Covid 19 ainda existe e mata e convidar amigos para um bate-papo com petiscos e cervejinhas.
A indispensável música nessas ocasiões fica com os acordes do violão do namorado da minha neta Fernanda.
O Flávio Ricarte, além de músico, é cantor, arranjador e tenho letra com ele de seis canções para serem musicadas.
Ser criança, Fazer samba, Saudade, Milagres, Viver com amor e Currículo do Bugre, adaptado.
Algumas estão quase prontas com a minha aprovação e ele está super animado com a dupla que surgiu, eu com 87 e ele com 33 anos, no meu quarto de dormir durante a primeira visita que me fez.
Eu, médico aposentado, e ele advogado atuante, pretendendo entrar na família dos Novis Neves.
Disse que em janeiro vai para o estúdio para produzir o disco inédito.
Enquanto isso, a trepadeira de flores amarelas, de nome complicado para alguém que não for paisagista ou botânico, vai cobrindo a minha pérgula, local ideal para o lançamento do disco.
Não tenho livros impressos, porém, terei canções!
É o destino para quem acredita nele, traduzindo em cuiabanês: “o que é do homem, o bicho não come”!
Gabriel Novis Neves
21-09-2022
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