quinta-feira, 4 de julho de 2024

CONFESSO QUE VIVI


Li de um autor desconhecido que ‘chega um tempo em que o homem não quer apenas viver’.


‘Ele sente falta de contar suas andanças’.


Eu me enquadro perfeitamente nesse tempo, aos 89 anos.


Minhas andanças podem ter sido intensas ou não, interessantes ou não, sofridas ou não.


Mas todas fazem parte da ideia de tirar um sonho do papel, ou do computador, e dar um testemunho de como vem sendo a minha trajetória.


Também compartilhar com quem foi companheiro nessa longa viagem chamada ‘Vida’.


É uma fase em que contar histórias, é bem melhor que contar o tempo, contar a idade ou a quantidade de anos.


Não importa ter um grande talento literário para narrar fatos da própria vida, de tudo aquilo que observou enquanto respirava.


Escrever sobre as nossas experiências, ou as dos outros, é uma forma de perpetuar nossas memórias, de deixar o testemunho — um verdadeiro ‘confesso que vivi’ para quem nos é importante e, principalmente para aqueles que ainda não têm o necessário entendimento.


Assim, um dia, eles vão poder entender quem foi você.


É por isto que eu quis registrar minhas memórias, para que elas não se percam com o passar do tempo.


Muitos entenderão o gesto do amigo Dr. João Nunes da Cunha Neto ao presentear-me com o blog ‘bar do bugre’.


Nesse blog tive a ‘audácia’ de publicar todos os dias uma crônica, que são as minhas memórias.


Meus amigos da academia custaram a entender esse tempo da minha vida.


Tenho uma herança rica das minhas andanças que estão registradas em minhas memórias com meus parcos conhecimentos literários.


Gosto de contar histórias.


Transformei sonhos em realidade, e um dia entenderão quem fui.


Registradas, essas experiências no blog não se perderão com o tempo.


Gabriel Novis Neves

28-06-2024




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