‘O Mês Arretado’ foi a crônica que publiquei no dia 1º de julho.
Citei as datas dos aniversariantes da minha já extensa família, com filhos, netos e bisnetos.
O noivo da minha neta, que deverá se casar em outubro, reclamou da não inclusão do seu nome entre os aniversariantes de julho.
Ouvi com atenção e sorri como resposta ao bem-educado noivo da minha neta.
Após seu casamento o tratarei como os outros — de ‘neto postiço’ — e o irei citá-lo na lista do próximo ano.
Essa questão de parentesco, às vezes é complicada.
Certa ocasião, Leonel Brizola era candidato à Presidente do Brasil, e era cunhado do atual em exercício, Jango Goulart.
Isso antes da revolução de 1964.
A oposição não se conformava — dizia que Brizola estava impedido de se candidatar por ser cunhado de Jango.
Brizola contratou uma das melhores agências de publicidade do Brasil para provar ao povão que ‘cunhado não é parente’!
Foi um sucesso a campanha e em todos os lugares o assunto comentado era ‘consanguinidade’!
Veio a revolução e acabou com a briga entre civis, e foi nomeado um presidente militar e nordestino, nascido bem distante do Rio Grande do Sul.
É muito difícil manter um ‘parentesco por laços não consanguíneos’, já que os casamentos estão cada vez mais curtos.
Entre árabes e judeus, principalmente, é comum o tratamento de ‘primos’ entre seus clãs ou melhor — ‘brimos’.
Gosto de tratar as pessoas de um modo geral como ‘parentes’.
Acho simpático esse tipo de relacionamento.
Na verdade, todos somos ‘irmãos’ e irmãs’, pois a nossa origem é do mesmo Pai e Mãe.
Certas religiões tratam os homens de ‘irmãos’ e as mulheres de ‘irmãs’.
No Brasil esticamos o parentesco até onde podemos.
Assim temos o ‘primo’ de primeiro, segundo, terceiro graus.
Daí para frente temos que consultar nossas ‘árvores genealógicas’.
É assim que mais ou menos funciona o parentesco entre nós.
Gabriel Novis Neves
02-07-2024
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