quinta-feira, 25 de julho de 2024

NELSON RODRIGUES


Muitos não apreciam os textos do dramaturgo e jornalista Nelson Rodrigues pelo modo peculiar de publicá-los.


Em, — ‘A Vida Como Ela É’ — ele relata com toda a força do cotidiano, a vida na cidade grande e violenta que é o Rio de Janeiro.


O dramaturgo parecia trágico, em ‘A Vida Como Ela É’.


Conheço a infelicidade que foi a sua vida familiar, transformada em peças teatrais, livros e crônicas para jornais.


Em ‘A Menina Sem Estrela’, Nelson conta a vida da sua filha Daniela, sem condições de sobreviver durante 55 anos.


Nelson escrevia sobre o que sentia, via, e acontecia na cidade, com toda a sua clareza de infortúnios.


Percebo, sem jamais querer me comparar ao jornalista famoso, que todas às vezes que escrevo sobre ‘algo triste’ que me toca o coração, sou chamado de ‘trágico’.


Ou fora dos meus ‘padrões de alegria’.


Procuro sempre passar para o papel os meus sentimentos nem sempre alegres.


Demonstro que sou humano com meus ‘momentos felizes' e que não são eternos, entrelaçados com ‘raios de tristeza’.


Assim sou verdadeiro quando sinto ‘medo de morrer’, de ‘velório’, ‘do amor acabado’, ‘da violência estúpida’, de ‘viajar de avião’.


O nascimento de um texto, seja crônica, livro, poema tem sempre uma base real desenvolvida pelo escritor.


Contar histórias da nossa vida não é um ‘processo de alegrias’, que são ‘momentos’.


Os motéis vendem ‘momentos de prazer’, motivo pelos quais são rotativos.


Não tenho ‘fobia da velhice’, e sim certeza de chegar ao meu centenário com saúde, como estou.


Existem inúmeras designações para a vida: a vida ‘passa rápida para ser levada à serio’, ‘a vida é uma brincadeira’, da ‘vida nada se leva’, ‘a vida é um sopro’, ‘deixe a vida me levar’.


Nesse vai e vem dos dias da nossa vida, procuro cumprir minhas obrigações por aqui.


O planejamento que realizamos para viver com maiores momentos de acertos, nem sempre são possíveis.


A fila da vida anda sem respeitar o ‘horário da chegada’.


Pensar sobre a vida é recordar de Nelson Rodrigues na leitura das suas obras imortais!


‘A Vida Como Ela É’ — é trágica!


Gabriel Novis Neves

03-07-2024




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