sábado, 20 de julho de 2024

INTOXICAÇÃO DE INFORMAÇÕES


Sem querer produzi uma ‘intoxicação de informações’ aos meus ouvintes.


Pela manhã, como sempre faço, encaminho a crônica do dia, para publicação no meu blog do Bar do Bugre.


Depois, excepcionalmente concedi uma entrevista de sessenta minutos pelo Youtube, Facebook e Instagram, ao veterano jornalista e ex-aluno de Direito da nossa universidade federal, a pioneira.


O jornalista é um ‘hábil entrevistador’, e eu ‘prolixo’, sem saber compactar os meus muitos anos de vida.


Uma jornalista comentou ‘que não dei uma entrevista, e sim uma conferência’.


Em certas ocasiões é difícil economizar as palavras.


Cada pergunta que ele me fazia merecia uma resposta do tamanho do tempo do seu programa.


Tive que resumir ao máximo as respostas, o que não me agrada.


Estou escrevendo as minhas memórias em crônicas, e no mês que vem completo 3.500 publicadas, o que daria para imprimir 35 livros com 100 crônicas cada.


Confesso que vivi e ‘não percebi o tempo passar’.


Estou aproveitando a oportunidade oferecida pelo Enock, para ‘matar saudades’ daquilo chamado de ‘tempo’, que passou e ‘não volta mais’.


Nessas entrevistas vem à tona a ‘solidão do idoso’, e como tratar disso.


A tendência do idoso é morar só com as ‘funcionárias’, e mais tarde chamar as ‘cuidadoras’.


O idoso fica no ‘ninho vazio’ acompanhado da ‘solidão’.


Eu vivo só na minha casa outrora cheia com a mãe dos meus filhos, netos, parentes e amigos queridos.


Meus filhos casaram e cada um foi morar em sua casa.


Quando surgiram os netos, passavam o fim da semana com a avó recebendo carinhos.


Nas grandes datas religiosas ficavam aqui, e também nos seus aniversários.


Com a morte da Regina há dezoito anos, ‘comecei a aprender o que é solidão’.


Foi difícil essa minha adaptação e para fugir dela, ‘muita coisa boa aconteceu, e a melhor foi começar a escrever após os setenta anos’.


Aprendi a trabalhar com o computador e descobri os inúmeros recursos do meu iPhone nas atividades da minha vida.


O que me orgulha é essa família linda que construí com a Regina, com três filhos, seis netos e cinco bisnetos, duas noras, 8um genro e quatro ‘netos postiços’.


Gabriel Novis Neves

16-07-2024






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