Há dois dias que sonho escrevendo uma crônica, e quando acordo não passa de um gostoso pesadelo.
Lembro muito bem que morava em uma cidadezinha com muito verde, onde existia apenas a minha casa, florida e com quintal.
Era um verdadeiro paraíso, onde tudo era bom.
Quando estava concluindo a crônica, acordava espontaneamente.
Voltava a dormir e no outro dia o fato se repetia.
Após o café da manhã, resolvi passar para o teclado do notebook, essa ‘cidade encantada’.
Há muitos anos ganhei de um amigo um livro que interpretava sonhos.
Falei tanto dos acertos do livro que tinha fila para emprestá-lo.
Isso já tinha um final traçado para o ‘emprestador’ de livros: um dia ele não seria devolvido, e até hoje sinto falta dele, como hoje.
Intrigante morar em uma casa de tamanho normal em um ‘lugar onde não mora ninguém’.
Era lindo o verde florido e o silêncio sepulcral.
O que estaria incomodando o meu inconsciente?
Conscientemente penso no silêncio do ‘Campo Santo’!
Será um aviso que estarei próximo dele?
Ou reflete a solidão que vivo?
Uma amiga me pergunta ser ‘a vaidade o motivo de eu não aceitar o convite para lhe visitar’.
O cérebro brinca com as interpretações que lhe são imputadas erroneamente.
É o órgão mais importante do corpo humano, injustamente esquecido.
O coração é considerado erradamente o órgão do amor, cantado em prosa e verso.
Nossos poetas, seresteiros, boêmios, desconhecem que tudo nasce e termina no cérebro.
Até para morrer o cérebro é o último a nos deixar.
Estou apaixonado pelo cenário do meu sonho.
Gostaria que ele continuasse para que eu pudesse ver outras casinhas ao lado da minha.
Como é bom sonhar!
Quantas elucubrações um sonho produz para o nosso consciente trabalhar!
Gabriel Novis Neves
07-06-2024
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