Inventei de encaminhar a minha crônica aos amigos com flores do meu jardim.
Os leitores sempre comentam a beleza das mesmas ignorando, na maioria das vezes, o assunto da crônica.
Como diminuiu o acesso às crônicas, ficava apenas os comentários sobre as maravilhas do meu jardim.
Todos se curvavam ante a beleza das flores, com comentários exclamativos, e nada sobre os textos recebidos.
A impressão que tive, era que as flores desviavam a atenção da leitura.
Resolvi fazer um teste e analisar o resultado.
Encaminhei a crônica sem a flor.
Resultado: recebi vários comentários sobre o texto que enviei e ninguém sentiu falta da flor.
Esperava que alguém fosse perguntar pelo menos se eu tinha esquecido de postá-la.
Difícil entender os leitores que não observam os detalhes daquilo que recebem para ler.
Quando deixo de publicar as crônicas, sempre querem saber o motivo da ausência.
Pensam logo que estou doente.
O recebimento da minha crônica diária significa que estou bem de saúde e a flor um presente da natureza que só faz bem ao coração.
Se os leitores recebem as minhas crônicas e não comentam, é sinal que não estão interessados naquilo que envio.
Vou tentar mudar o conteúdo dos meus textos, o que acho difícil, encurtar o seu tamanho e esperar o resultado.
Vou pedir a orientação do meu editor.
Estreio com esta crônica bem mais curta e indagativa.
Pela reação dos meus leitores lendo ou não, direciono as crônicas para assuntos do interesse dos mesmos, sem ferir o meu livre arbítrio.
Continuarei a escrever sobre o cotidiano, com novas abordagens.
Gabriel Novis Neves
06-04-2024
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