segunda-feira, 7 de junho de 2021

SEGUNDA-FEIRA


A semana se inicia no domingo. Assim sendo, a segunda-feira é o segundo dia da semana, e não, o primeiro, como muitos creem.  


Conhecido como dia da preguiça ou da ressaca, após um final de semana movimentado com passeios, churrasquinhos, cerveja etc.


Com a pandemia, todos os dias ficaram iguais.  Trancafiados em casa sem direito a um cinema, teatro, restaurantes, banhos de rios e mar, assistir jogos de futebol nos Estádios ou Arenas, enfim, tudo que provoque aglomeração.


Com todas essas restrições, a segunda feira perde o seu charme de ser o dia da moleza e da preguiça.


É sem graça saber que vivemos uma sequência de dias, semanas, meses e anos todos iguais.


Quando temos alguma necessidade, como cortar cabelos ou ser vacinado contra a gripe, temos que ser atendidos em casa.


Onde fica aquele papo de espera desses procedimentos?


As pessoas parecem cansadas todos os dias da semana, de tanto não fazerem nada – claro que estou me referindo a uma pequena parcela da população, que pode atender as regras da vigilância sanitária.


Para a população autônoma, ou categorias de profissionais indispensáveis à sociedade, como médicos, enfermeiros, técnicos em saúde, professores, garis, trabalhadores dos transportes coletivos e tantos outros, a segunda-feira continua como dia da preguiça.


Com a pandemia, surgiu uma categoria de pessoas até então desconhecida: os espalhadores de notícias falsas sobre o vírus que mata.


Eles apresentam estatísticas falsas, mentiras sobre eficácias das vacinas, histórias absurdas de mortes no período que vivemos.


Poucos relutam em assistir os noticiários da TV, mensagens nos grupos sociais, até de pessoas que têm o prazer de informar sobre mortes de causas naturais.


São conhecidos como “agentes funerários” pelo prazer da informação.

A pandemia irá desaparecer do universo, como outras que a história não nos faz esquecer, como a gripe espanhola, a peste bubônica, a varíola, a cólera e a gripe suína.


O difícil é o tempo de espera, para quem não é adepto da caçada de espera.

Enquanto se espera, devemos ficar em casa, pois na vida tudo passa.


Gabriel Novis Neves

24-05-2021

 

 

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