Durante dezoito anos, o quarteto formado pelo Didi, Dedé, Mussum e Zacarias, animou as noites de domingo na Rede Globo de Televisão.
Durante sete anos o grupo atuou em outros canais, também com sucesso.
Foram vinte e cinco anos de sucesso absoluto.
Seus programas eram comentados por todas as classes sociais, menos pelos que se diziam intelectuais!
Preferiam comentar as trapalhadas do Charles Chaplin.
De humoristas americanos e os grandes atores brasileiros de comédia.
Os quatro Trapalhões opõem-se a inimigos ou a si mesmos em disputas e pregam peças em outras pessoas.
Chegou de conseguir uma audiência de noventa e um por cento.
Os Trapalhões, clássico programa de humor chegou ao fim no Brasil há vinte e cinco anos.
Nunca tiveram uma frase de apoio dos intelectuais, por não aceitarem programas com palhaços de circo, mesmo sendo seus programas, aprovados pela unanimidade da população brasileira.
Até que um dia o consagrado poeta, escritor, Carlos Drummond de Andrade escreveu uma crônica em dois jornais de maior circulação do Brasil, fazendo aos seus amigos um apelo para não ligarem no seu telefone fixo, no horário das sete ás oito da noite dos domingos.
Ele não iria atendê-los, pois estava assistindo aos Trapalhões.
A partir de então, até na Academia Brasileira de Letras, onde o grande Drummond nunca pertenceu, os programas dos palhaços eram comentados!
Diz o ditado popular que os artistas e intelectuais devem estar ao lado do povo.
Só assim, Didi, Dedé, Mussum e Zacarias conseguiram em vida, reconhecimento do seu trabalho.
Faço crônicas diárias que publico em meu blog (bar-do-bugre.blogspot.com).
Necessito de um Drummond para um empurrãozinho...
Enquanto espero, acabei de escrever minha última crônica de hoje feriado religioso.
Gabriel Novis Neves
03-06-2021
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