Tinha, e tenho, tantos desejos na vida, que muitos ainda não consegui realizar. Mas não perco as esperanças de um dia os concretizar.
Aos setenta e três anos fui até Campo-Grande (MS), para abraçar o primeiro amigo que completava cem anos de vida.
Era pai da Soninha, nossa colega da UFMT, que ofereceu um almoço em comemoração àquela data festiva.
Fiquei o tempo todo como que filmando os momentos felizes e inesquecíveis daquela data.
O segundo almoço centenário foi do nosso querido professor Ditão de Figueiredo, aqui em Cuiabá.
Conversamos por longo tempo. Ele estava totalmente lúcido, embora cego.
Perguntou sobre o Botafogo, seu time do coração e me deu a última aula, sem antes recordar dos tempos de professor da UFMT.
Hoje, a expectativa de vida aumentou e é comum encontrar pessoas centenárias como o pai da minha atendente na farmácia, que está com cento e quatro anos e no quinto casamento.
Dia primeiro de maio, Dona Maria Benedita, viúva do Dr. Paraná de prole numerosa, mãe do Dante (seu filho mais conhecido), foi à missa agradecer por essa saúde de ferro, que inclusive venceu a Covid-19!
Lúcida, lidera uma prole enorme e é consultada sobre as decisões da família.
Fui médico de sua filha Yolanda, do Ulysses, e neta. O primeiro bisneto dos Oliveira foi o Victor, e três das suas bisnetas nasceram comigo, filhas da Maria Cláudia, e da Gabriela do Gordo.
São as três Marias, Maria Carolina, Maria Gabriela e Maria Luiza.
Tenho a sensação que pertenço à família, onde todos me chamam de tio, numa homenagem ao velho parteiro de Cuiabá.
Os velhos sofrem menos que os jovens, porque vivem com mais cuidado.
A minha família é de longevos, mas não temos ainda pessoas centenárias.
Édio Lotufo, casado com a minha irmã Yara, com noventa e três anos é o mais forte candidato, correndo por fora vou eu com oitenta e seis anos.
Estou animado com a performance dos meus neurônios e o carinho da minha família para alcançar essa meta.
Parabéns Dona Maria Benedita, muitos anos de vida saudável, ícone da mulher cuiabana!
Receba o convite para minha festa centenária, que será comemorada sem o perigo do vírus que mata, onde abraços e beijos serão os presentes mais saudáveis que receberei.
Enquanto espero o tempo passar quero aprender com os mais velhos o caminho da longevidade.
Gabriel Novis Neves
03-05-2021
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