terça-feira, 4 de maio de 2021

OUTROS MOMENTOS

Para fugir da solidão que a pandemia nos impôs, voltei a escrever sobre o vírus que mata.


A infertilidade literária de mais de cinco anos teve o seu início com a lesão dos meniscos dos meus joelhos, de forma espontânea.


Isso me obrigou a ficar um longo período em repouso, sem caminhadas diárias, fonte de inspiração dos meus antigos textos.


Depois passei por duas cirurgias cardíacas, várias pneumonias e uma quase fatal endocardite bacteriana.


Voltei a escrever, como disse, para fugir da solidão da pandemia e seus males, mas também para fazer a prevenção dos desarranjos dos meus neurônios e pelo prazer produzido pela serotonina.


O último artigo “Imunização”, publicado no meu blog bar-do-bugre. blogspot.com, compartilhei com alguns amigos.


Recebi respostas generosas, sempre me incentivando a não parar de escrever, as quais agradeço de coração.


Um antigo colega da UFMT, professor de História com doutorado nos Estados Unidos da América do Norte (aposentado), continua exercendo com brilhantismo suas funções de jornalista de rádio, televisão e jornal, leu o artigo e me deu um conselho para escrever sobre outros momentos.


Disse o doutor: “ajuda à você e traria dados sobre este e outros momentos da realidade local”.


Concordo que crônica de um tema só cansa o leitor, e toda a mídia há um ano só fala sobre a pandemia do Covid 19.


Infelizmente não vejo outros momentos locais para um novo artigo sobre a nossa querida cidade.


As novidades teremos, quando as obras, que deveriam ser concluídas para a Copa do Mundo de 2014 forem entregues à população, especialmente o emblemático VLT, o Hospital Júlio Muller na estrada de Santo Antônio, e a melhoria da malha viária.


Falar que há anos fomos governados por alguns  “colonizadores”, que só pensam em seus interesses pessoais?


Escrever sobre política partidária, que só se faz com muita grana ou que os Juízes da Corte Máxima de Justiça, que são nomeados com mandatos perpétuos, muitos inclusive sem nunca terem sido juízes, vivem remendando a Constituição Federal a qual deveriam zelar pelo seu fiel cumprimento?


Esses “outros momentos” não me causam vontade de abordá-los.


Isso sem falar que não temos, com raríssimas exceções, imprensa livre, investigativa, séria.


Nesse mar de terrorismo, prefiro não ter compromisso com as novidades.


Vou continuar a escrever sobre aquilo que me causa emoção, e poderá ser útil à população da minha terra.


Gabriel Novis Neves

04-05-2021

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