Muitos amigos têm manias de superstições. Não levantam da cama com o pé esquerdo e sem ler no celular o horóscopo do dia.
Nos trabalhos coletivos temos companheiros que não largam a fitinha benta do Senhor do Bonfim, amarrada ao pulso esquerdo ou direito, dependendo da ideologia.
A grande maioria dos jogadores de futebol brasileiro não entra em campo sem antes fazer o sinal da cruz. Se fôssemos citar as mais recorrentes superstições, escreveríamos uma enciclopédia.
A glória dos supersticiosos é o dia trinta e um de dezembro.
Na verdade todos nós temos, pelo menos, uma superstição.
Dentre as superstições, a mais cultuada é aquela referente a um mês do ano.
Como dizem os cuiabanos de chapa e cruz, devemos ter muitos cuidados com os meses do ano, pois todos têm um acontecimento negativo, o que basta para torná-lo supersticioso.
Os supersticiosos adoram contar suas façanhas, especialmente quando cheias de coisas inacreditáveis.
Ouvimos com atenção essas histórias, como a de um vizinho que temia o mês de maio. Disse ele: “ Estamos no início de maio e tanta coisa já aconteceu comigo. Ameaças de corte de salário da aposentadoria”
E prossegue: “visitas urgentes de pedreiro, marceneiro, pintor, técnico em computação. O pior foi a queda, no banheiro causado por hipotensão da desautonomia”.
Continua contando sua falta de sorte: “Montamos uma UTI em casa, por medo da Covid 19, onde recebia todo o tratamento adequado.”
Com ajuda dos filhos, acredita na sua cura total.
Tudo não passou de um grande susto de maio, e me tornei herdeiro dessa superstição.
Gabriel Novis Neves
18-05-2021
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