Estou feliz com as metas alcançadas na minha vida. Sei que vivi bastante, baseado em tudo aquilo que presenciei.
Na hora do almoço, com a televisão ligada no jogo do Campeonato Mundial de Clubes, nos Estados Unidos, senti o quanto já percorri nesta vida.
Lembro-me de quando tinha quinze anos e acompanhei pelo rádio os jogos da Copa do Mundo no Brasil.
No dia 16 de julho de 1950 perdemos a Copa para os uruguaios, em pleno Maracanã.
Já se passaram setenta e cinco anos dessa tragédia!
Quanta água já correu debaixo da ponte da minha existência.
Enumerar os acontecimentos daria um livro de história.
Cheguei vivo e lúcido aos bisnetos, à internet e à Inteligência Artificial (IA).
Assisti à transformação do mundo em todos os sentidos — para bem e para o mal.
A fome e pobreza ainda não foram banidas da face da Terra.
E o que pensar, com saudade, da cidadezinha onde nasci!
Presenciei suas mudanças — e fui protagonista de algumas.
Só vivendo muito, e com saúde, é possível degustar quase um século de transformações.
Períodos de alegria e dor —é a vida.
Coisas que existiam e já não existem mais.
O enorme avanço do conhecimento... e ainda tanta coisa por conhecer.
Cuiabá do Centro Histórico e seus largos, das ruas e quintais arborizados, dos arrabaldes, sítios e chácaras.
Hoje, é uma cidade com pouca arborização, cheia de prédios e condomínios de alto luxo na periferia urbana.
Aquela cidadezinha onde as famílias eram numerosas e cursar o ensino superior era um luxo, ficou para trás.
Mesmo assim, depois de ter passado por todas essas etapas, ainda quero continuar acrescentando anos à minha vida.
Quanta novidade ainda terei que aprender com a longevidade!
Os cientistas continuam pesquisando, e tudo é possível acontecer de revolucionário nos próximos dez anos.
O ser humano é eternamente insaciável — sempre quer mais.
Eu tenho uma leve impressão... de que quero ficar de semente...
Gabriel Novis Neves
18-06-2025
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