sábado, 7 de junho de 2025

ENTRE BALÕES E DECEPÇÕES


O jogo entre Brasil e Equador, na noite de ontem, foi tão frio que acordei resfriado.

 

Desanimado, acordei, sem a menor vontade de escrever.

 

Bons tempos aqueles em que a seleção brasileira de futebol varria seus adversários com goleadas nas fases de classificação.

 

A Argentina já garantiu sua vaga para a Copa do Mundo do ano que vem, com três rodadas de antecedência.

 

Enquanto isso, o Brasil ocupa o quarto lugar, atrás da Argentina, Equador e Paraguai.

 

Sem os melhores jogadores convocados, pouco poderá fazer o novo técnico italiano.

 

Estamos no mês dos santos festeiros: Santo Antônio, São João, São Pedro e São Benedito.

 

Santo Antônio e São João são amplamente celebrados no Nordeste, com shows e bailes todas as noites, acompanhados de muita comida e bebida.

 

É uma alegria sem fim.

 

Em Cuiabá a festa se estende até julho, com as chamadas festas ‘atrasadas’ —, cheias de fé e entusiasmo.

 

Chácaras, sítios e comunidades ribeirinhas celebram com fervor.

 

São Benedito, o santo negro, é tão festejado por aqui que muitos o consideram o verdadeiro padroeiro da cidade.

 

A devoção chegou com os escravos e permanece viva até os dias de hoje.

 

Minha família celebrava com todos os ingredientes históricos e cristões: Santo Antônio, São João, São Pedro — o protetor da família —, e São Benedito.

 

Havia missa pela manhã com fogos de artifício e banda de música, enquanto os fiéis rezavam em procissão.

 

Depois, chá com bolo; à noite fogueira, quentão, comidas típicas e danças nas casas dos festeiros.

 

Sobremesa era o pé de moleque.

 

Nos arraiais, as roupas da roça, os rojões, os balões e as bandeirolas compunham o cenário da alegria.

 

Naquela época, as férias escolares começavam em junho, liberando a criançada para se jogar nas festas juninas.

 

Como era bom ser criança naquele tempo.

 

Gabriel Novis Neves

06-06-2025




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