segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

DATAR CRÔNICAS


Foi o editor Dr. João Cunha quem me chamou a atenção para a importância de datar corretamente as crônicas que publico no blog.

 

Hoje, ao revisar ‘PROBLEMINHAS’ percebi que a havia datado como escrita em 14-10-2014!  

 

Mesmo tendo um estoque de crônicas prontas para publicação, o erro era gritante.

 

O texto, real, estava inserido num tempo irreal — onze anos atrás!

 

Naquela época eu ainda não fazia fisioterapia em casa, não havia passado pela cirurgia cardíaca em São Paulo (2018) nem pela internação no Hospital Sírio Libanês (2021).

 

Mesmo em temas atemporais é preciso cuidado com as datas de publicação.

 

A observação do editor do Bar do Bugre me obrigou a revisar as crônicas ainda inéditas.

 

Em algumas fiz pequenos ajustes, um leve rejuvenescimento, sem comprometer a essência do texto.

 

Nosso objetivo no Bar do Bugre é deixar um registro histórico de uma época.

 

Tenho tentado, com relativo sucesso, cumprir essa missão.

 

Como sinto falta dos nossos historiadores contemporâneos, como Estevão e Rubens de Mendonça...!

 

Cuiabá é rica em histórias que não podem se perder no tempo.

 

O currículo escolar das nossas escolas é falho nesse aspecto.

 

Estudamos a História do Brasil e a História Universal, mas ignoramos mais de trezentos anos da história de Cuiabá.

 

Nossa memória mais recente —de meio século — é privilégio de poucos.

 

A Universidade Federal, cinquentona, desconhece sua própria história dentro do próprio campus. Um escândalo educacional.

 

Precisamos conhecer nosso passado sem molduras para entender quem somos e para onde queremos ir.

 

A Guerra do Paraguai (1864-1870) deixou sequelas profundas na nação vizinha.

 

A Rusga, revolta cuiabana de 1834, marcou nossa identidade com o sangue de muitos portugueses.

 

Os levantes políticos no início do século XX levaram Dom Aquino Correa ao governo pacificador do Estado.

 

Hoje, poucos sabem quem foi Dom Aquino para as letras de Mato Grosso, ou o assassinato de Totó Paes em emboscada na Chapada dos Guimarães.

 

Poucos se lembram da missão pacificadora de Rondon, que, a pé, atravessou territórios indígenas inexplorados para levar os postes do telégrafo até Manaus —e voltou a pé.

 

Ele integrou o Brasil costurando a terra e a gente.

 

Como é importante saber!

 

Gabriel Novis Neves

12-02-2025




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