terça-feira, 11 de junho de 2013

SEXUALIDADE

Não sei por que tanta surpresa, nem tanta celeuma, em torno de uma famosa cantora brasileira que se assumiu publicamente como homossexual.
Desde a Grécia antiga que a maioria dos grandes filósofos tinha os seus respectivos mancebos que, após as aulas ministradas, eram convidados aos rituais amorosos com seus respectivos mestres. Os banhos de óleo mútuos precediam esses encontros, e isso se perpetuou até os dias de hoje pelos redutos gays das praias do Brasil.
Na Roma antiga os mancebos, substituídos pelos escravos, cumpriam as mesmas funções: as de trocas sexuais com os seus senhores.
Isso não era sequer questionado, mesmo em casamentos estáveis, coisa, aliás, não muito comum nessa época, já que o divórcio era permitido a qualquer dos cônjuges e em qualquer momento do relacionamento.
Meninos entre doze e dezoito anos eram os alvos de seus mestres e passavam daí em diante, a terem seus próprios discípulos e amantes.
Consta que Nero, o grande imperador romano, teve dois casamentos com jovens que, depois de castrados foram submetidos a todas as pompas e luxo que essas cerimônias exigiam. Mais tarde veio a se casar com três outras mulheres, sendo a última a famosa Messalina.
Claro que a besta humana contida em cada um, não raro, precisa de freios fortes, e a história está aí para nos mostrar que vários desses freios ocasionaram muitos estragos pelos séculos afora.
A partir dos anos duzentos, com a chegada do cristianismo, se instituiu a culpa do prazer e, principalmente, a repressão à homossexualidade.
Com o passar dos anos essas práticas foram ficando mais abertas e, atualmente, já se fala até em orgulho gay.
Devemos usar o nosso corpo da maneira que nos aprouver, até porque, ele é a única coisa que temos de absolutamente nossa.
Quanto à necessidade de propagação, é problema de cada um e não diz respeito a mais ninguém. Seria uma espécie de apoio coletivo do que consideramos importante para nós.
Não se trata de doença, muito menos de perversão, apenas de opção de cada um, e que deve ser respeitada.
Afinal, pessoas nessas circunstâncias já são vítimas de muito preconceito e de muita descriminação pelo simples fato de serem diferentes.
O único aspecto que importa é o que esse ser humano representa como pessoa para os seus circunstantes e para a sociedade como um todo. O resto é absolutamente pessoal e, a rigor, não deve ser considerado como rótulo.
Todo tipo de intolerância, seja ela política, religiosa, social ou sexual, deve ser rechaçada e considerada um entrave ao livre exercício das ideias.
Que todos procurem a felicidade do jeito que achar melhor, ainda que monitorados por uma sociedade hipócrita, habituada a ditar regras de conduta, num estágio em que a humanidade vem tentando, desesperadamente, seguir menos a carneirada e mais os seus próprios desejos.
Assim seja.
É proibido proibir, para o bem de todos.

Gabriel Novis Neves
16-05-2013

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