Uma
simples caminhada pelos bairros da nossa cidade é o suficiente para retornarmos
para casa com o saco cheio de reclamações.
Se
dermos uma voltinha pelo interior do Estado, então, só um bitrem para
transportar tanta insatisfação.
A
saúde não existe. Inocentes estão morrendo por falta de atendimento médico.
Nossa
educação é uma das piores do Brasil, com algumas ilhas de excelência. Estamos
formando em escala crescente os analfabetos funcionais.
A
violência está insuportável e sem controle.
Aumenta
o número de dependentes químicos abandonados à sua própria sorte, assim como os
de moradores de rua.
A
indústria, segundo dados oficiais, perdeu quase 40% dos seus postos de
trabalho.
A
inflação aos poucos está voltando, e o governo é impotente no controle de seus
gastos.
Saneamento
básico, transporte urbano que atenda a nossa demanda e lazer, só com soluções
em longo prazo.
Rodovias
para escoar a nossa produção agrícola para o mercado consumidor é uma tragédia,
deixando os esforços dos nossos trabalhadores rurais fora do mercado
competitivo.
O
pessimismo venceu a esperança do mato-grosensse.
No
entanto, os causadores desse triste quadro social, tanto os que estão no
comando deste país da Alice das Maravilhas, quanto os que comandam o nosso rico
Estado de gente pobre, serão mais uma vez candidatos e reconduzidos pelo voto
livre e independente. Vão continuar com o trabalho de extermínio de uma
civilização.
A
atual Presidente da República será reeleita facilmente no primeiro turno das
próximas eleições. Ainda mais agora que está montada no seu grande trunfo de
importação - médicos estrangeiros, mesmo com um contrato provisório de curto
prazo, o suficiente para cobrir o período eleitoral.
Aqui
em Mato Grosso não haverá a mínima possibilidade de renovação. Somente o
executivo, que por lei não poderá ter mais um mandato no cargo, mas será
entronizado em uma cadeira no legislativo federal.
Quem
passou por longos anos no executivo e não conseguiu resolver essas demandas,
largará o seu cobiçado posto em Brasília para continuar a sua obra por aqui.
A
gente do interior desassistida pelo poder público culpa o governo de só
investir nas obras da Copa em Cuiabá.
Os
cuiabanos sentem que todas as grandes obras estruturantes, como ferrovias, só
estão projetadas para o interior.
O
resultado é a insatisfação geral.
Imagino
o dia que a nossa população for informada sobre a colossal dívida que o Estado
contraiu nos bancos.
Se,
apesar de tudo, os nossos mandatários forem aprovados pelas urnas - por que
reclamam tanto?
Gabriel Novis Neves
23-05-2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.