domingo, 1 de dezembro de 2024

RECORDANDO


Há quarenta e dois anos, conversando em frente ao ‘casarão’ com o professor Célio Cunha, ele me interrompe para indagar se eu tinha avaliado a dimensão da implantação da UFMT para Cuiabá e Mato Grosso.


Continuou dizendo ser o projeto social, cultural, econômico e de desenvolvimento mais importante do Estado de Mato Grosso não dividido.


Quem ‘descobriu’ Célio Cunha para mim, então secretário de educação do governo Pedrossian, foi a saudosa professora Clea Borges.


Havia uma reunião na cidade de Ponta Porã com o ministério da educação, e Clea Borges foi representando a secretaria de educação.


Célio Cunha representou o centro pedagógico da cidade de Corumbá.


No retorno ela me ‘obrigou’ a trazer o professor para trabalhar no meu gabinete em Cuiabá.


Com a criação da UFMT, Célio foi levado por mim para a chefia do departamento de ensino e pesquisa.


Enquanto reitor sempre estivemos juntos, e até hoje nos falamos.


Célio é um pensador e, quando cedido ao MEC, sempre nos ajudou na implantação da UFMT.


Foi um período de grandes transformações no Estado, com a destruição dos ‘currais’ de poder do pantanal.


O poder político cedeu lugar ao poder do conhecimento, e as oportunidades ficaram ao alcance de todos os mato-grossenses.


Os jovens não precisavam mais deixar o seu torrão natal para cursar o ensino superior.


Havia um clima de otimismo pelas bandas do Coxipó da Ponte.


Os pátios da universidade viviam lotados de automóveis novos, onde seus docentes e técnicos eram muito bem remunerados.


O orçamento da universidade era quase igual ao da prefeitura de Cuiabá.


Bairros novos surgiram ao redor do campus, verdadeiro canteiro de obras.


Como diz o poeta popular: ‘isso foi um rio que passou’.


Professor Célio Cunha, hoje está tudo diferente para pior!


Gabriel Novis Neves

02-08-2024




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