sábado, 28 de dezembro de 2024

MEU PÉ DE JABUTICABA


Tenho um pé de jabuticaba plantado no jardim da cobertura do prédio onde moro.

 

É o segundo ano que seus frutos são colhidos, lavados e colocados na geladeira.

 

A funcionária da casa que cuida do jardim me traz, em um prato de sobremesa, para eu deliciá-las, no escritório.

 

Como são doces essas frutinhas!

 

No quintal da minha casa na rua do Campo, elas eram maiores, e a gente colhia no tronco da árvore e chupava à vontade!

 

Os quintalões de bem antigamente eles eram repletos de frutas deliciosas como a manga bourbon, simples, espada, rosa, coração de boi.

 

Cajueiros, goiabas vermelha e branca, pitomba, carambola, abacate, ata ou fruta de conde, mamão, melancia.

 

Que tempo delicioso era aquele em que as crianças matavam a sua fome indo ao quintal dos casarões cuiabanos construídos com tijolos de adobes!

 

Suas coberturas eram com telhas de barro do rio Cuiabá.

 

Morador de edifício há trinta anos, faço tudo para compatibilizar a natureza com o espigão de concreto armado.

 

Cultivo também plantas usadas como remédio para curar em forma de chás, e para dar tempero à comida.

 

As lindas flores, trepadeiras e folhagens verdes, compartilho com meus amigos após terem sido fotografadas pela cozinheira e cuidadora do jardim.

 

No meu apartamento não existe mais paredes para pendurar quadros dos nossos principais artistas plásticos e colocar vasos com plantas.

 

Não poderia morar em um espaço em que a natureza não estivesse presente.

 

Assim foi no Adauto Botelho, onde construí jardins internos e externos.

 

Transformei o cerrado da cidade universitária no Coxipó da Ponte em um colosso de prédios ajardinados.

 

É bom conviver com flores e pássaros.

 

Da janela da sala de visitas eu curto a gritaria dos passarinhos.

 

Uma boa companhia!

 

Gabriel Novis Neves

16-12-2024




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.