segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O MAL

Os estudiosos do comportamento humano afirmam, com convicção, que “as circunstâncias têm um peso determinante para que o mal viceje”.
“Submetida a forte pressão, pouca gente é capaz de resistir e se manter no espectro do bem, pois a nossa mente possui uma capacidade infinita de racionalizar nossas ações”.
O psicólogo americano Philip Zimbardo provou, através de pesquisas que, dependendo de certas situações, a maldade pode aflorar nos homens condenando-os às prisões, locais onde o mal se autoalimenta.
Felizmente as pessoas que são mais propensas a praticarem o mal, representam apenas 1% da população.
“As evidências demonstraram que cerca de metade das pessoas que sofreram alguma espécie de violência brutal na infância ou mesmo na idade adulta, tendem a praticar tais atos mais tarde, ainda que não necessariamente na mesma intensidade”.
O professor Zimbardo acredita que o sistema político dominante empurra as pessoas para a direção errada.
Passamos então a acreditar que o que costumava ser errado, agora é certo ou pelo menos apropriado para um determinado contexto.
Decidi transcrever algumas ideias surgidas na Universidade de Stanford sobre a violência que domina o mundo para uma reflexão daqueles que não tiveram acesso ao trabalho amplamente divulgado, não só no meio universitário, mas na mídia em geral.
Estamos no tempo da pressa onde ninguém tem tempo para nada, para não fazer nada.
Guerras intermináveis, crimes hediondos, cárceres lotados, a escravidão não abolida dos seres humanos e o medo, constituem, entre outros, os resultados desse modelo político dominante, que é o nosso tecido social atual.
O nosso adulto contemporâneo perdeu a sua principal característica dos primeiros anos da sua vida, quando “uma criança confiava em outra criança” - tão bem lembrado pelo poeta amazônico Thiago de Melo.
O mal tem que ser cortado pela raiz, como diziam os antigos.
Ele muitas das vezes encontra-se no ambiente em que crescemos e vivemos.
Sem essa determinação, que passa pelas políticas públicas de proteção social, como a educação, saúde, segurança, habitação, emprego e ética, seremos alvos fáceis do mal.

Gabriel Novis Neves
23-08-2013

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