Os
estudiosos do comportamento humano afirmam, com convicção, que “as
circunstâncias têm um peso determinante para que o mal viceje”.
“Submetida
a forte pressão, pouca gente é capaz de resistir e se manter no espectro do
bem, pois a nossa mente possui uma capacidade infinita de racionalizar nossas
ações”.
O
psicólogo americano Philip Zimbardo provou, através de pesquisas que,
dependendo de certas situações, a maldade pode aflorar nos homens condenando-os
às prisões, locais onde o mal se autoalimenta.
Felizmente
as pessoas que são mais propensas a praticarem o mal, representam apenas 1% da
população.
“As
evidências demonstraram que cerca de metade das pessoas que sofreram alguma
espécie de violência brutal na infância ou mesmo na idade adulta, tendem a
praticar tais atos mais tarde, ainda que não necessariamente na mesma
intensidade”.
O
professor Zimbardo acredita que o sistema político dominante empurra as pessoas
para a direção errada.
Passamos
então a acreditar que o que costumava ser errado, agora é certo ou pelo menos
apropriado para um determinado contexto.
Decidi
transcrever algumas ideias surgidas na Universidade de Stanford sobre a violência
que domina o mundo para uma reflexão daqueles que não tiveram acesso ao
trabalho amplamente divulgado, não só no meio universitário, mas na mídia em
geral.
Estamos
no tempo da pressa onde ninguém tem tempo para nada, para não fazer nada.
Guerras
intermináveis, crimes hediondos, cárceres lotados, a escravidão não abolida dos
seres humanos e o medo, constituem, entre outros, os resultados desse modelo
político dominante, que é o nosso tecido social atual.
O
nosso adulto contemporâneo perdeu a sua principal característica dos primeiros
anos da sua vida, quando “uma criança confiava em outra criança” - tão bem
lembrado pelo poeta amazônico Thiago de Melo.
O
mal tem que ser cortado pela raiz, como diziam os antigos.
Ele
muitas das vezes encontra-se no ambiente em que crescemos e vivemos.
Sem
essa determinação, que passa pelas políticas públicas de proteção social, como
a educação, saúde, segurança, habitação, emprego e ética, seremos alvos fáceis
do mal.
Gabriel
Novis Neves
23-08-2013
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