A
despedida do inverno parecia inverno. Chuva fina, ventos fortes, temperatura
amena. Cerração nas cidades montanhosas e suas vizinhas. Até as praias
apresentavam baixa visibilidade.
Os
meteorologistas, que com tecnologia atual não falham, assim anunciaram a
chegada da primavera, estação de preparo para o verão, sinônimo de férias e
festas sem fim.
Pessoas
apressadas procuravam abrigo seguro para retornarem às suas casas.
Os
mais afortunados, numa cidade grande, conseguem táxi, extremamente raros nos
dias chuvosos. Por que será?
O
melhor mesmo é ficar em casa nesses dias em que a natureza nos faz mais
aconchegante.
Ociosidade,
nem pensar!
O
tempo é que é muito curto para se desfrutar de tudo que um verdadeiro lar tem a
nos oferecer.
A
arte do diálogo, por si só, já preenche de alegria todas as nossas necessidades
intelectuais. Como se não bastasse, os programas televisivos ficam altamente
atraentes em dias de decisões políticas para o país, quando a mídia se esmera
em debates brilhantes. O mesmo acontece à noite para os amantes do futebol,
desde que estes não sejam torcedores do Bota.
O
tempo é curto. O sono chega. A noite finda para surgir um novo dia.
Jornais
na mesa do café da manhã. A frustração de um país descrente pela decepção
da derrota.
Manchetes
fúteis encobrem a tristeza generalizada que domina a nação das impunidades dos
poderosos.
Lá
se foi o meu tempo nesta bela cidade pré-primavera.
Retorno
para a região das duas únicas estações do ano: calor com chuva e calor sem
chuva.
Assim
é a natureza com seus caprichos e o ser humano com as suas múltiplas facetas.
Gabriel
Novis Neves
19-09-2013
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