Nas
inúmeras viagens que fiz na minha vida sempre encontrei uma companhia para
amenizar as preocupações de certos deslocamentos. Poderia ser uma pessoa
conhecida ou, quem sabe, a descoberta de um novo amigo.
Certa
ocasião, um casal amigo aguardava o passar do tempo para a chamada de embarque
e conversava animadamente comigo, demonstrando uma falsa tranquilidade.
A
simples chamada para o voo fez com que um dos cônjuges se deslocasse
apressadamente para à toilette.
Num
tempo inesperado de demora, a angústia do grito dos microfones por embarque
imediato me deixava inquieto, contrastando com a pseudocalma do outro cônjuge.
Saí
às pressas rumo às escadas do avião, onde quase todos os passageiros já se
encontravam a postos, com exceção, do casal companheiro, causa da minha grande
preocupação.
A
porta do avião já se encontrava em ritmo de fechamento quando, afoitamente,
chega a dupla por mim esperada.
Foram
demoradamente aplaudidos pelos demais passageiros, que nem imaginavam o motivo
do atraso.
Assim
que o avião decolou dormi profundamente, e até sonhei que havia perdido o voo.
Como
num pesadelo de terror, acordei feliz da vida com a aeromoça me perguntando se
estava tudo a contento.
-
Minha filha – respondi – eu quero apenas recuperar a tranquilidade perdida e
pousar o mais breve possível no meu destino.
Os
melhores companheiros de viagens são aqueles que respeitam o horário de
embarque previsto, e o tempo que se afigura como prazeroso é o infinito.
Gabriel
Novis Neves
14-09-2013
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