Muitas
vezes saímos de casa para determinada tarefa e somos enriquecidos gratuitamente
com valiosos depoimentos espontâneos sobre figuras em grande evidência na
sociedade.
Não
sei se existe explicação científica para este fato, que não é fofoca, mas, um
desabafo de fonte de grande credibilidade.
O
mais interessante é que isso acontece com pessoas cujo relacionamento social é
o mais distante possível.
Recentemente,
fui lisonjeado ao ser escolhido para uma catarse surpresa sobre um assunto que
apaixona o país: honestidade.
Ouvi
atentamente a longa ladainha reservada e jamais imaginei que a situação fosse
tão desmoralizante assim.
Deixei
o local do encontro com a certeza que por mais otimista que eu seja não é
possível ter esperança em mudanças comportamentais para novos caminhos.
Está
tudo dominado pela cegueira de interesses pessoais dos responsáveis pelo
destino da nossa nação.
Falta
o mínimo de pudor para aqueles que flanam pelos salões agradáveis do poder.
Sinal
dos tempos? Nem tanto.
Conheço
relíquias de honradez em nosso meio.
A
situação de privilégios e farsas é tão assustadora que demoramos a metabolizar
confidências que rolam em certas camadas bem informadas da nossa sociedade.
A
minoria, com apoio de segmentos estratégicos, detém o poder para usufruir de
suas benesses até saciar a fome imensurável com mimos oficiais.
Este
artigo parece escrito em linguagem cifrada, no entanto, nasceu inspirado no
adágio popular “para bom entendedor meia palavra basta”.
A
audiência não programada terminou levando de roldão o sonho das transformações
sociais.
Gabriel
Novis Neves
21-01-2015
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