Entre
as inúmeras doenças, além da Ebola que ameaça o Continente Africano e o mundo,
temos uma igualmente destruidora. O consumismo.
O
vício do consumo propicia a liberação da dopamina, um hormônio causador do
prazer.
O
ato de comprar não é doença quando se usa o bom senso.
Comprar
sem necessidade, sim, é uma doença, mesmo para as pessoas que se dizem bem
emocionalmente. Adquirir em excesso é um vício de difícil tratamento.
Sessenta
e três por cento das famílias brasileiras têm dívidas, e muitas confessam que
não têm como pagá-las.
Resultado
dessa patologia está no consumo desnecessário ou descontrole no ato de comprar.
O
obsessivo não consegue fazer nada senão consumir. A compulsão por comprar é um
ato silencioso, e de seis a oito por cento dos brasileiros sofrem deste mal.
Muitas
dessas criaturas ficam deprimidas e acabam nos consultórios dos psiquiatras
queixando-se de depressão.
Chegam
a ter dez cartões de créditos, e têm vergonha de falar aos familiares,
terminando por fazer distúrbios emocionais.
São
vítimas de uma dependência física que atinge todas as classes sociais, sendo as
de menor renda as mais atingidas.
Os
homens são minoria nessa patologia; também eles escondem por mais tempo as suas
dificuldades financeiras e não alteram o seu padrão de vida, embora arruinado
pelas dívidas.
A
origem dessa doença está no cérebro, na liberação da dopamina. Quem compra,
sempre sente um prazer imediato. É um mal contemporâneo.
O
consumismo do ter não satisfaz o ser, tornando evidente a infelicidade dos que
o vivenciam...
A
situação é tão grave que, seguindo o exemplo e filosofia dos Alcoólatras
Anônimos (AAA), hoje disseminada em todo o Brasil, já existe no Rio de Janeiro
um “Grupo de Materialistas Anônimos”.
Reúnem-se
uma vez por semana. Ninguém se identifica. Fazem reflexões, trocam experiências
com o mal do consumismo e tentam criar uma consciência para combatê-lo.
Seus
sintomas são os mais variados. Os consumistas comparam suas vidas sem compras a
um viver em um mundo preto e branco.
Essas
pessoas precisam de ajuda, e tudo isso muitas vezes está ligado à ansiedade,
infelicidade e carência afetiva.
Às
vezes há necessidade do uso de fármacos para reequilibrar a bioquímica da
maneira de pensar.
Guardar
dinheiro é importante para usufruí-lo com qualidade e não guardá-lo para um
enterro de luxo.
É
importante a economia do desejo, pois ter é saudável, embora certas
“extravagâncias” sejam desnecessárias para a nossa felicidade.
Gabriel
Novis Neves
04-02-2015
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