Há
uma crescente preocupação da população brasileira com o que poderá acontecer no
próximo mês, produto de anunciados movimentos sociais reivindicatórios que
ocuparão as ruas substituindo as fantasias de Momo.
Torço
para que o serviço de meteorologia política esteja errado.
Jornalistas,
cientistas sociais, professores, empresários, políticos e órgãos de classe
diariamente registram nas mídias suas opiniões desfavoráveis ao momento atual.
O
Brasil parou envolvido pelo estrondoso escândalo do petrolão e outros de quase
igual porte, afugentando investidores internacionais e nacionais, freando nossa
economia e, por tabela, o crescimento.
Seria
cansativo repetir que a inflação voltou, os salários da maioria da nossa gente
estão achatados, nossa moeda desvalorizou e importamos mais que exportamos.
Como
dizia Aristóteles, uma democracia degenerada nos leva a um governo demagógico.
Este sistema é uma forma de atuação política com o objetivo de manipular ou
agradar a massa popular, incluindo promessas que dificilmente serão cumpridas.
A
demagogia visa apenas à conquista do poder político ou outras vantagens
correlacionadas.
Na
verdade é uma estratégia de condução político-ideológico muito apreciada em
nosso país.
Argumentos
apelativos, emocionais ou irracionais, são utilizados em troca de
racionalidade, tudo para proveito próprio.
A
demagogia manipula a maioria pelo uso de aparentes provas de senso comum mesclados com separações
enganosas. Esta prática, que remonta à antiga Grécia, não tinha conotação
negativa a princípio.
Atualmente
a demagogia é interpretada como ofensa de caráter pessoal aos seus seguidores,
embora seja uma característica do político ocidental.
Aristóteles
sempre chamou de democracia o que denominavam de demagogia, pois tinha para si
a profunda corrupção do governo popular no tempo que escreveu.
Atolados
em um governo que se diz popular, temos tudo para, infelizmente, acreditar nas
previsões feitas para o pós-carnaval.
Reza
fez chover no Rio de Janeiro.
Talvez
pelas orações consigamos sair desse mato sem cachorro em que nos metemos.
Gabriel
Novis Neves
18-02-2015
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